Vice-Presidente apela à contribuição para a melhoria do mercado artístico
O Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, apelou, em Luanda, a todos no sentido de contribuírem para o engrandecimento do mercado artístico.
Bornito de Sousa falava terça-feira após a exibição do documentário “Para lá dos meus passos”, que retrata o processo de construção de um espectáculo. O Vice-Presidente salientou que o documentário ilustra aspectos que ensinam que “para sermos modernos, não precisamos virar as costas ao tradicional.”
“Retirei algumas notas e devo dizer que o patrocínio é importante. E faço aqui um apelo a todos os que possam contribuir para o engrandecimento do mercado artístico”, exortou Bornito de Sousa, depois de felicitar a equipa de produção do documentário, a quem desejou êxitos.
Bornito de Sousa estendeu as felicitações aos bailarinos da Companhia de Dança Contemporânea de Angola que fizeram a representação.
A ministra da Cultura, Maria da Piedade, reconheceu ser um documentário ambicioso que eleva a identidade nacional. Maria da Piedade respondeu também às preocupações levantadas pelos artistas relativamente à falta de patrocínios públicos. “O patrocínio tem de ser procurado. Como vimos, houve patrocínio de algumas empresas. Não se pode esperar que o Estado patrocine tudo, não vamos conseguir. Em qualquer parte do mundo, a arte é feita com patrocínios”, disse.
Sobre a falta de espaços, mais concretamente à crítica sobre o actual estado de degradação do Cine Karl Marx, um dos espaços vistos no documentário, a ministra referiu que o Executivo está sempre preocupado com todas as estruturas, quer os cinemas, quer o património em geral.
“As intervenções são faseadas. Não podemos fazer tudo ao mesmo tempo”, concluiu a ministra.
Produzido pela Geração 80, o documentário “Para lá dos meus passos” é um longa-metragem, aproximadamente, 172 minutos e produzido em dois anos. Teve uma equipa composta por cinco mulheres, tendo as angolanas Kamy Lara, na realização, Paula Agostinho, na co-realização e produção, a cubana Gretel Marin na edição e música da venezuelana Gotopo.