Agricultura
MUNICÍPIOS DE BENGUELA ASSOLADOS PELA SECA SÃO A PRIORIDADE
O projecto de recuperação da agricultura na província de Benguela vai ser implementado, numa primeira fase, nos municípios de Chongorói, Caimbambo e Baía Farta, que muito sofreram com a seca em anos anteriores. Lançado recentemente em Benguela, o projecto está avaliado em mais de um milhão de dólares e deve ser financiado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento (FIDA). De acordo com o responsável provincial do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), Paulo Bungo, o projecto abrange os municípios assolados pela seca e inundações. “Tratase do Chongorói, Caimbambo e Baía Farta, onde, numa primeira fase, vamos trabalhar, para maximizar as consequências resultantes dos dois fenómenos que têm afectado a economia e a sociedade”, afirmou. O responsável do IDA realçou que o projecto apresenta igualmente inovação, já que nele participam todas as comunidades residentes nos três municípios indicados para esta primeira fase. A engenheira agrónoma Adriana Otutune defendeu, ontem, na cidade de Benguela, a aposta na agricultura como forma de obtenção de alimentos com qualidade. A especialista, que participou num debate radiofónico sobre a qualidade dos produtos agrícolas, afirmou que os alimentos produzidos de forma natural possuem um valor nutritivo elevado. “Devido a esse valor nutricional elevado, são considerados alimentos com energia vital, o que se pode provar com o facto de, por si só, terem uma vida de prateleira maior que o produto convencional”, evidenciou a agrónoma. Por exemplo, referiu, o tomate convencional tem a tendência de estragar-se muito rápido, mas o da agricultura natural tem prazo prolongado.
Por esse facto, notou, as empresas criam a impressão de que utilizando esse material, para fazer tudo rápido, vão ter lucros mais rápidos e, em termos de produtos, eles podem ter perdas muito mais elevadas e de forma rápida.