Zuma processado por difamação
O antigo ministro do Turismo, Derek Hanekom, acusou o ex-Presidente sul-africano Jacob Zuma, de difamação perante os tribunais por indicálo como um suposto espião ao serviço do então regime do apartheid, noticiou ontem a Prensa Latina.
Derek Hanekom, um combatente veterano contra o Governo de minoria branca e membro do Comité Executivo do ANC, que ocupou vários cargos ministeriais desde a chegada da democracia à África do Sul em 1994, disse que os pronunciamentos de Zuma, prejudicaram a sua reputação e continuarão nesse caminho se não forem confrontados. O processo contra Zuma exige uma indemnização de 500 mil rands, cerca de 35 mil dólares.
No mês passado, foi revelado que Hanekon havia negociado com representantes do partido da oposição Fighters for Economic Independence (EFF) a questão da possível adopção pelo Parlamento Nacional de um voto de desconfiança contra Jacob Zuma, que se demitiu a 14 de Fevereiro de 2018 em meio de protestos e pressões por suposta ligação com casos de corrupção.
Ao comentar o assunto, Zuma disse aos jornalistas que não ficou surpreendido com as revelações sobre esses contactos porque "Derek Hanekom é um conhecido “agente do inimigo”.
Na mesma linha, Zuma denunciou outros líderes durante uma aparição a 15 de Julho perante a Comissão Anticorrupção, chefiada pelo juiz Raymond Zondo, vicepresidente da Suprema Corte da África do Sul.
Os visados foram o antigo líder do Congresso Nacional Africano (ANC) e reconhecido lutador contra o regime do apartheid, o ex-ministro do Serviço Público e Administração Ngoako Ramatlhodi e o general Siphiwe Nyanda, chefe das Forças de Defesa Nacional de 1998 a 2005 e ministro das Comunicações de 2009 a 2010 .