Fronteiras equipadas para travar o ébola
Termómetros, luvas, material gastável, bem como tendas e detergentes fazem parte dos equipamentos disponíveis nos postos fronteiriços de Cabinda com as vizinhas Repúblicas do Congo e República Democrática do Congo, para prevenir casos do vírus do ébola, que já fez milhares de vítimas na RDC.
Juliana Wyny, do Departamento Provincial de Saúde Pública e Controlo de Endemias, disse, ontem, à Angop, que os técnicos estão em prontidão nas fronteiras de Yema e Tando Zinze, a sul e sudeste de Cabinda, com a RDC.
As localidades de Massabi e Miconje, que fazem fronteira a Norte com a República do Congo Brazzaville, foram reforçadas com vários meios médicos, para impedir que qualquer situação possa perigar a saúde das pessoas nestas circunscrições e atingir os centros urbanos.
Cabinda, que faz fronteira com os dois Congos, numa enorme extensão, em termos terrestres, fluviais e marítimos, nunca registou nenhum caso de ébola.
Assiste-se a uma maior mobilidade de entrada e saída de cidadãos de ambos lados a partir de Massabi e do Yema.
Para fazer face à vigilância rápida, a equipa multissectorial de prevenção conta também como apoio da Políciade Guarda Fronteira, bem como com a colaboração dos serviços sanitários dos países vizinhos ao longo dos postos fronteiriços.
O primeiro caso de ébola surgiu a 1 de Agosto de 2018, o que motivou a OMS a declarar, a 20 de Julho, situação de “Emergência de Saúde Pública Internacional.”
Dos 2578 casos diagnosticados, registaram-se 1737 mortos, 729 curados e 138 funcionários de saúde infectados (41 falecidos).
Dados fornecidos pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças para África indicam que Angola consta de um segundo grupo de países em risco de contaminação, juntamente com a RCA, República do Congo, Tanzânia e Zâmbia.
O primeiro é formado pelo Burundi, Rwanda, Sudão do Sul e Uganda. Ambos os grupos abarcam cerca de 280 milhões de habitantes.