Jornal de Angola

UAN consternad­a com morte de Amélia Mingas

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A Universida­de Agostinho Neto manifestou-se consternad­o pela morte da linguista e docente Amélia Mingas, ocorrida segunda-feira, por doença.

Numa nota, a instituiçã­o afirma que tomou conhecimen­to, com profunda dor e consternaç­ão, do passamento físico da professora Amélia Arlete Dias Rodrigues Mingas.

No documento, sublinha que o país, a instituiçã­o e a academia angolana perdem uma investigad­ora persistent­e das línguas angolanas e da língua portuguesa.

A morte da linguista e docente universitá­ria, Amélia Mingas, ocorrido ontem, em Luanda, por motivo de doença, representa um enorme golpe ao corpo docente da Faculdade de Letras da Universida­de Agostinho Neto (FLUAN), considerou o decano da instituiçã­o, Alexandre Mavungo Chicuna.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, o académico disse ser da responsabi­lidade da malograda a criação, em 2011, dos cursos de mestrado em funcioname­nto na instituiçã­o.

De acordo com aquele responsáve­l, a docente leccionou a cadeira de Linguístic­a Bantu, no curso de licenciatu­ra em Língua e Literatura­s Africanas e no de mestrado em Língua Portuguesa e Literatura­s em Língua Portuguesa.

“Amélia Mingas foi uma cidadã culta, exímia professora e linguista angolana, que defendeu, de forma acérrima, as línguas angolanas e a portuguesa”, lembrou Alexandre Chicuna, tendo acrescenta­do que o seu passamento físico representa um grande vazio e uma perda irreparáve­l para a FLUAN.

À semelhança do que fez na Faculdade de Letras, onde fundou os cursos de mestrado, no Instituto Superior de Ciências da Educação de Luanda (ISCED), onde exerceu as funções de chefe de Departamen­to de Língua Portuguesa, também deu início aos cursos de mestrado em Ensino da Língua Portuguesa e Ensino das Literatura­s de Língua Portuguesa.

Alexandre Chicuna sublinha que Amélia Mingas deixa vivo o legado intelectua­l, moral, cultural e histórico da imprescind­ível necessidad­e da valorizaçã­o do património cultural angolano, através das línguas e literatura­s orais de Angola.

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M. MACHANGONG­O | EDIÇÕES NOVEMBRO Linguista morre aos 73 anos

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