Angolanos investigados no Brasil
O inspector-geral da Administração do Estado, Sebastião Gunza, recebeu, durante a estada no Brasil, informações sobre empresas brasileiras suspeitas de branqueamento de capitais em Angola, assim como de alguns angolanos que estão sob investigação naquele país.
O inspector-geral
da Administração do Estado, Sebastião Gunza, recebeu, durante a estada no Brasil, informações sobre empresas brasileiras suspeitas de branqueamento de capitais em Angola, assim como, de alguns angolanos que estão sob investigação naquele país.
Sebastião Gunza esteve durante três dias no Brasil com o objectivo de trocar experiência no domínio do combate à corrupção, correcção dos males que enfermam a vida pública angolana, bem como reforçar a cooperação com as autoridades congéneres daquele país, nos vários domínios, essencialmente na área do Controlo Interno e Externo.
Durante a visita, que terminou na quinta-feira, Sebastião Gunza teve um encontro privado com o homólogo, ministro de Estado da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner Rosário, que colocou a direcção do Ministério à disposição da delegação angolana da IGAE para trocas de experiências.
A delegação angolana foi, ainda, recebida pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e pelo ministro-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), José Maurício Monteiro Filho, pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e trabalhou com a responsável pela Câmara do Combate à Corrupção, Maria Iraneid, e respectiva equipa.
A delegação do inspector-geral da Administração do Estado foi recebida por membros do Conselho de Controlo de Actividades Financeiras (COAF), e pela Direcção de Recuperação de Activos do Ministério da Justiça e da Cooperação Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil.
Durante os encontros de trabalho foram, igualmente, abordados temas sobre a organização e funcionamento da IGAE e dos distintos órgãos que integram o Sistema de Controlo Interno e Externo e de Combate à Corrupção em Angola e no Brasil.
A delegação angolana foi acompanhada pelo embaixador cessante de Angola no Brasil, Nelson Cosme. Integraram a delegação, encabeçada por Sebastião Gunza, dois inspectoresgerais adjuntos e quatro directores da IGAE. Trabalho activo Em Junho, durante a tomada de posse de dois inspectores-gerais adjuntos, o Presidente da República considerou a IGAE “bastante activa” e disse que os resultados do seu trabalho estavam à vista. João Lourenço disse contar com o trabalho da IGAE na luta contra a corrupção, o nepotismo e outras práticas lesivas ao interesse público.
“Num momento em que o país muito fala da necessidade da luta contra a corrupção, nepotismo e de outras práticas lesivas ao interesse público, é normal que contemos com o trabalho de instituições como a Inspecção Geral da Administração do Estado, Ministério Público, Serviço de Investigação Criminal e a Polícia, de uma forma geral”, sublinhou, na altura,o Chefe de Estado.