Ministro garante solução para salários na Sodepac
O ministro da Agricultura e Florestas solicitou aos 56 trabalhadores da Sociedade de Desenvolvimento do Pólo Agro-Industrial de Capanda (Sodepac), que estão há 11 meses sem salários, para não abandonarem os postos de trabalho.
O ministro da Agricultura e Florestas prometeu uma solução para a questão dos 11 meses de salários em atraso de 56 trabalhadores da Sociedade de Desenvolvimento do Pólo Agro-Industrial de Capanda ( Sodepac), solicitando que não abandonem os postos de trabalho.
António Assis, que se deslocou em visita oficial a Malanje durante o fimde-semana, declarou aos trabalhadores da Sodepac poder “garantir” que a questão do atraso salarial “vai ser resolvida”, acrescentando que “não há ordens para fechar a estrutura e serem mandados para casa: isso não vai acontecer”, disse, apelando a que retomassem os trabalhos a partir de ontem.
O ministro referiu a ne-cessidade de se preservar o empreendimento, que considerou ser “um património de todos os angolanos e a fonte de sobrevivência de muitas famílias”.
O presidente do Conselho de Administração do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado, Walter Barros, esclareceu, na ocasião, que a Sodepac, entidade gestora do Pólo Agroindustrial de Capanda, não foi privatizada, mas extinta, estando em processo de liquidação.
“Realizamos esta visita com o ministro da Agricultura e constatamos que o Pólo AgroIndustrial de Capanda tem potencial e que a Sodepac cumpriu um papel relevante ao nível de gestão do pólo”, disse, indicando que a ideia é estudar mecanismos para que, junto do Ministério da Agricultura, haja alternativas para manter o trabalho que a Sodepac vem realizando.
O presidente da Cooperativa Tuye ku Pólo (Vamos Em Frente), Manuel Gomes, destacou a produção em curso de hortícolas e frutos como tomate, feijão, ginguba, banana, mandioca, repolho, cenoura, couve e batatadoce, que têm como principais consumidores as empresas Biocom e a CentralHidroeléctricadeLaúca.
O ministro esteve em Malanje ao longo de dois dias, acompanhado por quadros do pelouro, visitando as fazendas Nósglobal, Montenegro e Socamia, uma Unidade Educacional Agrícola, bem como campos de cultivo ligados à agricultura familiar.