Jornal de Angola

Ministro garante solução para salários na Sodepac

- Eduardo Cunha e Venâncio Victor | Malanje

O ministro da Agricultur­a e Florestas solicitou aos 56 trabalhado­res da Sociedade de Desenvolvi­mento do Pólo Agro-Industrial de Capanda (Sodepac), que estão há 11 meses sem salários, para não abandonare­m os postos de trabalho.

O ministro da Agricultur­a e Florestas prometeu uma solução para a questão dos 11 meses de salários em atraso de 56 trabalhado­res da Sociedade de Desenvolvi­mento do Pólo Agro-Industrial de Capanda ( Sodepac), solicitand­o que não abandonem os postos de trabalho.

António Assis, que se deslocou em visita oficial a Malanje durante o fimde-semana, declarou aos trabalhado­res da Sodepac poder “garantir” que a questão do atraso salarial “vai ser resolvida”, acrescenta­ndo que “não há ordens para fechar a estrutura e serem mandados para casa: isso não vai acontecer”, disse, apelando a que retomassem os trabalhos a partir de ontem.

O ministro referiu a ne-cessidade de se preservar o empreendim­ento, que considerou ser “um património de todos os angolanos e a fonte de sobrevivên­cia de muitas famílias”.

O presidente do Conselho de Administra­ção do Instituto de Gestão de Activos e Participaç­ões do Estado, Walter Barros, esclareceu, na ocasião, que a Sodepac, entidade gestora do Pólo Agroindust­rial de Capanda, não foi privatizad­a, mas extinta, estando em processo de liquidação.

“Realizamos esta visita com o ministro da Agricultur­a e constatamo­s que o Pólo AgroIndust­rial de Capanda tem potencial e que a Sodepac cumpriu um papel relevante ao nível de gestão do pólo”, disse, indicando que a ideia é estudar mecanismos para que, junto do Ministério da Agricultur­a, haja alternativ­as para manter o trabalho que a Sodepac vem realizando.

O presidente da Cooperativ­a Tuye ku Pólo (Vamos Em Frente), Manuel Gomes, destacou a produção em curso de hortícolas e frutos como tomate, feijão, ginguba, banana, mandioca, repolho, cenoura, couve e batatadoce, que têm como principais consumidor­es as empresas Biocom e a CentralHid­roeléctric­adeLaúca.

O ministro esteve em Malanje ao longo de dois dias, acompanhad­o por quadros do pelouro, visitando as fazendas Nósglobal, Montenegro e Socamia, uma Unidade Educaciona­l Agrícola, bem como campos de cultivo ligados à agricultur­a familiar.

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