FAO lamenta morte de Jacques Diouf
A oposiçãocivil e o Conselho Militar de Transição do Sudão adiaram o anúncio da composição do Conselho Soberano, previsto no acordo geral sobre a transição política de três anos, rubricado sábado último, noticiou ontem a AFP. A oposição civil atribui o adiamento ao facto de apenas cinco dos 11 membros te-rem sido escolhidos, devendo os restantes ser indicados apenas hoje.
O acordo geral prevê várias etapas a serem cumpridas, antes das eleições gerais previstas para 2022. A primeira, é a formação do Conselho Soberano, que substitui o Conselho Militar, que tomou o poder, depois da destituição do Presidente Omar al-Bashir, a 11 de Abril de 2019.
O referido Conselho será dirigido por um general e, seguidamente, por um civil.
Abdallah Hamdok, um antigo economista da ONU, escolhido quinta-feira, pela oposição civil, deverá ser designado oficialmente hoje pelo Conselho.
Um Governo de 20 membros deverá ser formado a 28 de Agosto, para permitir às novas instituições executarem os principais desafios do país, particularmente o relançamento da economia.
No entanto, alguns membros da oposição civil, particularmente os da Aliança para a Liberdade e a Mudança (ALC), líder da contestação, temem que a euforia seja passageira, e que a tensão persista. Apontam para isso, a omnipresença no processo de transição, do general Mohammed Hamdan Daglo, chefe da Polícia de Intervenção Rápida, que continua a ser o número dois do Conselho Militar.
A Polícia é acusada de ter reprimido de forma sangrenta as manifestações populares. Muitos temem que o general Daglo “Hemeidti”, tente confiscar o poder e interromper o processo democrático.
Al-Bashir no Tribunal
O julgamento do ex-Presiente do Sudão, Omar al-Bashir, acusado dos crimes de corrupção, começou ontem em Cartum.
Al-Bashir foi detido pouco depois de ter sido deposto por um golpe de Estado.