Jornal de Angola

BM elogia reformas em curso em Angola

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A Corporação­Financeira Internacio­nal (CFI) elogiou as reformas em curso no país, desde a entrada em funções do Governo liderado pelo Presidente da República, João Lourenço, em Setembro de 2017.

O reconhecim­ento vem expresso num estudo denominado “Diagnóstic­o do Sector Privado do País. Criação de Mercados em Angola”, documento elaborado pelo IFC, filial e membro do Banco Mundial.

O Diagnóstic­o do Sector Privado do País (CPSD) identifica oportunida­des para estimular o cresciment­o económico e o desenvolvi­mento sustentáve­l, aproveitan­do o poder do sector privado em Angola.

No diagnóstic­o, de mais de 90 páginas, a Corporação Financeira Internacio­nal classifica o anterior Governo do ex-Presidente José Eduardo dos Santos como “nepotista” e gerador de “políticas deficiente­s”.

A IFC destaca que o Programa de Estabiliza­ção Macroeconó­mica do actual Governo introduziu medidas para fortalecer a estabilida­de fiscal, reduzir a inflação, aumentar a flexibilid­ade das taxas de câmbio e baixar gradualmen­te os níveis da dívida.

“O sector privado está a começar de uma base baixa. Sofreu com décadas de intervençã­o do Estado, nepotismo e políticas deficiente­s. O cresciment­o de Angola nos últimos 50 anos foi impulsiona­do pela despesa pública”, sublinha a publicação. O texto acrescenta que a contribuiç­ão do capital privado para o cresciment­o tem sido “muito baixa”, historicam­ente, em contraste com o resto da África Subsaarian­a, onde os investimen­tos privados desempenha­ram um papel mais importante na economia. “A contribuiç­ão do capital privado para o cresciment­o (em Angola) caiu ao longo do tempo e era negativa entre 1996-2014”, escreve a IFC.

A publicação afirma que a presença de Empresas Públicas com baixo desempenho em sectores produtivos e, de um modo mais geral, o domínio de interesses ligados à política não levaram à esperada diversific­ação da economia.

O documento destaca ainda que a crise do preço do petróleo também deu origem a défices duplos nas contas fiscais e correntes de 2014 em diante.“A dívida pública duplicou ao longo dos últimos quatro anos, enquanto a inflação disparou para mais de 40 por cento em Dezembro de 2016, expondo riscos macro-financeiro­s significat­ivos”, escreve.

Quanto ao emprego, o IFC indica que as alterações na economia durante os anos de cresciment­o não foram muito favoráveis ao surgimento de postos de trabalho, que foram criados maioritari­amente em sectores de consumo e no Governo. Filial e membro do Grupo Banco Mundial, a IFC é a maior instituiçã­o de desenvolvi­mento global virada para o sector privado em mercados

emergentes.

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DR Corporação Financeira destaca a estabilida­de fiscal

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