Mais de 400 trabalhadores foram vítimas de ataques
Cerca de 400 trabalhadores humanitários foram vítimas de ataques graves em 2018, tendo mais de um terço sido mortos e outros raptados, anunciou ontem a Comissão Europeia, dia em que se assinalou o Dia Mundial da Ajuda Humanitária.
Segundo um comunicado da comissão, “os riscos enfrentados pelos trabalhadores humanitários continuam a aumentar”, o que está a afectar a população civil e “impede milhões de pessoas de receberem assistência vital.”
“As violações do direito internacional humanitário continuam a ser um dos desafios mais críticos para a protecção dos civis, bem como para a protecção dos trabalhadores e médicos humanitários”, afirmaram a alta representante e vice-presidente, Federica Mogherini, e o comissário responsável pela Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Christos Stylianides, numa declaração conjunta para assinalar o dia.
“Salvar vidas não deveria custar vidas”, referiram, indicando que o ano passado foi o segundo pior da história de violência contra trabalhadores humanitários.
Os civis em zonas de conflito são frequentemente mortos ou feridos em ataques, contabilizando-se mais de 70 milhões de pessoas deslocadas à força devido a conflitos, violência e violações dos direitos humanos.
No total, mais de 200 milhões de pessoas dependem da ajuda humanitária.
“A humanidade, a independência, a neutralidade e a imparcialidade são os princípios em que assenta a ajuda humanitária. Estes pressupostos deveriam proteger os trabalhadores humanitários, permitindo-lhes trabalhar em plena liberdade”, defenderam Federica Mogherini e Christos Stylianides.