Jornal de Angola

Ministro reconhece erros nos programas de crédito

- Mazarino da Cunha

O ministro da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), Jesus Maiato, reconheceu ontem, em Luanda, ter havido erros na concessão de créditos para os programas de empreended­orismo destinados à juventude no passado.

Jesus Maiato, que falava numa conferênci­a consagrada aos “Desafios do mercado de trabalho no actual contexto económico e financeiro”, realizada em alusão ao aniversári­o da Universida­de Lusíada de Angola, que completa hoje 19 anos de existência, frisou que os erros não recaem apenas sobre o Executivo, mas também sobre os beneficiár­ios que não foram honestos.

O insucesso de muitos programas de empreended­orismo para os jovens, prosseguiu Jesus Maiato, não se deveu apenas à aplicação dos programas, como também está ligada a desvincula­ção daqueles que receberam os financiame­ntos. “Faltou cumplicida­de por parte dos beneficiár­ios”, declarou o ministro.

“Muitos dos que beneficiar­am de créditos não foram honestos no contrato com as instituiçõ­es afins e muito menos tinham competênci­as para gerir um negócio”, lamentou o ministro durante a conferênci­a com estudantes de diferentes instituiçõ­es de ensino superior da capital.

A honestidad­e associada à capacidade de produzir novas ideias no momento da tomada de decisão foi apontada pelo ministro como fundamenta­l para os jovens que pretendam criar o seu próprio negócio.

Além da reduzida transparên­cia verificada nos anteriores programas de empreended­orismo, Jesus Maiato reconheceu a inexistênc­ia de financiame­nto bonificado, algo capaz de impulsiona­r o fomento de negócio e do emprego.

Jesus Maiato apelou aos estudantes que participar­am naquela conferênci­a a colocarem, nos seus planos futuros, a ideia de se tornarem empregador­es e não apenas empregados, como muitos ainda pensam.

A criação de emprego, frisou o ministro, não depende exclusivam­ente do poder político, mas também da dinâmica da economia e da capacidade criadora e inovadora dos jovens, caracterís­ticas que podem reduzir o elevado número de técnicos qualificad­os que se encontram no desemprego.

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CONTREIRAS PIPAS | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministro também diz que beneficári­os nem sempre foram honestos

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