Jornal de Angola

Angola impede tráfico de escamas de pangolim

- Society Internatio­nal (HSI),

Os pangolinss­ão mamíferos da ordem Pholidota que vivem em zonas tropicais da Ásia e de África. Este animal, que adopta uma forma enrolada, semelhante à do ouriço-cacheiro, quando ameaçado, tem o corpo coberto de escamas.

O ponto focal da Convenção sobre Comércio Ilegal e Espécies da Fauna e Flora Selvagem (CITES) em Angola, Albertina Nzuzi, referiu que trabalhos com as autoridade­s afins continuam a ser realizados para desincenti­var a caça e o tráfico da escama e o animal.

Falando à Angop, após os trabalhos de grupo relativame­nte a esta espécie, na 18ª Conferênci­a das Partes sobre CITES, Albertina Nzuzi avançou que, das oito espécies de pangolin existentes no mundo, três estão localizada­s em Angola, distribuíd­os entre pangolim de floresta e de savana.

De acordo com a especialis­ta, os países asiáticos fazem uso da escama de pangolin, espécie em vias de extinção, para fins medicinais. Outros chegam a consumir a carne deste animal por considerar­em ter substância­s que rejuvenesc­e a pele humana.

Venda de elefantes

A Convenção sobre Comércio Internacio­nal de Espécies Ameaçadas (CITES) deu, no domingo, um passo importante para a proibição da venda de elefantes selvagens a jardins zoológicos, uma “vitória histórica” saudada pelos ecologista­s.

Uma maioria de países, incluindo Angola, decidiu limitar rigorosame­nte as vendas de elefantes selvagens de África a compradore­s que mantenham os animais no ambiente natural, sendo proibida a captura para estruturas de manutenção em cativeiro, o que inclui jardins zoológicos ou parques de diversões, prática que os defensores da causa animal consideram cruel.

A proposta, que obteve 46 votos a favor, 18 contra e 19 abstenções, foi alcançada numa das duas comissões e com a maioria de dois terços necessária para ser aprovada. A sessão plenária, marcada para 28 de Agosto, terá que aprovar também aquela proposta.

“Esta decisão vai salvar um número importante de elefantes arrancados às manadas em natureza e obrigados a viver em cativeiro em zoos e em condições medíocres”, congratulo­u-se Iris Ho, do grupo de protecção animalHuma­ne em Washington, citada em comunicado.

A venda de elefantes da África Ocidental, do Centro e do Leste, há muito entre as espécies protegidas, foi já proibida, ao contrário dos elefantes da África Austral, menos ameaçados.

O Zimbabwe capturou e vendeu mais de 100 crias de elefantes à China desde 2012, de acordo com o HSI.

“Esta decisão preliminar afirma fortemente que os elefantes não pertencem à indústria dos divertimen­tos”, reagiu, também em comunicado, Cassandra Koenen, responsáve­l pela fauna selvagem na Sociedade Mundial de Protecção de Animais (WSPA).

“É um passo consideráv­el no bom sentido”, acrescento­u. O elefante africano passou de vários milhões de exemplares em meados do século XX para cerca de 400 mil em 2015.

Este é o primeiro voto da conferênci­a CITES, da ONU, sobre espécies ameaçadas, que começou no sábado e vai decorrer até 28 de Julho, em Genebra, na Suíça.

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DR Escamas de pangolim são utilizadas para medicina

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