Jornal de Angola

21 mil mesas de voto serão instaladas em todo o país

Após a visita do Papa Francisco, Moçambique volta a centrar as atenções na preparação das eleições, tendo a Comissão Eleitoral anunciado, ontem, a instalação de 21 mil mesas de voto em todo o país para o pleito de 15 de Outubro

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A Comissão Nacional de Eleições de Moçambique (CNE) vai instalar 21 mil mesas de voto em todo o território nacional e na diáspora para as eleições gerais de 15 de Outubro, anunciou, ontem, aquele organismo.

O porta-voz da CNE, Paulo Cuinica, citado, no fim- desemana, pelo “Diário de Notícias”, afirmou que as mesas serão instaladas nos 11 círculos eleitorais nacionais e nos dois da diáspora.

“As 21 mil mesas são o número ideal para fazer face ao universo de eleitores inscritos, mas são necessário­s consensos sobre onde as mesas de voto serão localizada­s”, declarou Paulo Cuinica.Neste momento, decorre a formação de formadores dos membros das assembleia­s de voto. “Estamos a recrutar os formadores provinciai­s e os candidatos a membros das assembleia­s de voto, cuja formação deverá acontecer durante todo este mês”, afirmou o porta-voz da CNE.No dia 15 de Outubro, 12,9 milhões de eleitores moçambican­os vão escolher o Presidente da República, dez governador­es provinciai­s, 250 deputados à Assembleia da República e membros das assembleia­s provinciai­s.

Quatro candidatos concorrem às presidenci­ais: o actual Chefe de Estado, Filipe Nyusi, o líder da Resistênci­a Nacional Moçambican­a (Renamo), principal partido da oposição, Ossufo Momade, o do MDM, Daviz Simango e o do partido extraparla­mentar Acção do Movimento Unido para a Salvação Integral (AMUSI), Mário Albino.

Para as legislativ­as e provinciai­s concorrem 26 formações políticas, mas a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, Renamo e o MDM são os que têm mais de aguentar a jornada de 45 dias de campanha nos 11 círculos eleitorais do território nacional e os dois da diáspora.

As eleições gerais de 15 de Outubro vão, pela primeira vez, escolher os governador­es das dez províncias do país, que sairão dos cabeças-de-lista dos partidos concorrent­es.

A eleição dos governador­es provinciai­s é uma novidade que decorre da aprovação de um novo pacote de descentral­ização, no âmbito das negociaçõe­s do Acordo de Paz e Reconcilia­ção Nacional de Maputo, assinado no dia 6 deste mês.

As próximas eleições gerais serão as sextas, desde a introdução da primeira Constituiç­ão da República multiparti­dária, em 1990.

Apelo na Renamo

O líder da Resistênci­a Nacional Moçambican­a (Renamo), Ossufo Momade, pediu, sábado, para que Mariano Nhongo, que contesta a sua liderança no partido, exigindo uma nova negociação de paz, “volte à razão”.

“Mariano Nhongo é um cidadão moçambican­o e membro da Renamo e o que podemos fazer agora é pedir que ele volte à razão”, disse o presidente da Renamo, Ossufo Momade.

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DR Pela sexta vez, os moçambican­os vão às urnas para as eleições gerais no país e na diáspora

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