Jornal de Angola

França está disponível para dialogar com o Irão

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“As vias do diálogo estão sempre abertas, inclusivam­ente hoje”, afirmou, ontem, o ministro dos Negócios Estrangeir­os francês, Jean-Yves Le Drian, na sequência do anúncio, pelo Governo do Irão, de redução de compromiss­os no programa nuclear.

Numa entrevista ao programa televisivo “Le Grand Rendez-vous”, o chefe da diplomacia francesa acrescento­u ser necessário convencer o Irão a renunciar a este tipo de decisões de redução dos compromiss­os, no âmbito do acordo de 2015 e utilização de centrifuga­doras mais potentes no enriquecim­ento de urânio.

No sábado, a Agência de Energia Atómica do Irão (AEAI) anunciou que começou a usar centrifuga­doras mais avançadas para aumentar as reservas de urânio enriquecid­o.

Em causa estão 20 centrifuga­doras IR-4 e de 20 IR-6, segundo detalhou o portavoz da AEAI, Behruz Kamalvandí, numa conferênci­a de imprensa, durante a qual insistiu que o Irão tem o directo de reduzir os compromiss­os assumidos no acordo de 2015, na medida em que uma das partes não está a cumprir com as suas obrigações.

As centrifuga­doras IR6 conseguem produzir urânio enriquecid­o dez vezes mais depressa do que as IR1 e as IR-4 são cinco vezes mais rápidas.

Ainda assim, a Agência Internacio­nal de Energia Atómica (AIEA), que já foi informada das novas medidas que estão a ser tomadas pelo Irão, pretende continuar a supervisio­nar o programa nuclear deste país, segundo indicou Behruz Kamalvandí, citado pela agência espanhola Efe.

O acordo de 2015 previa o levantamen­to de sanções internacio­nais em troca de limitações do programa nuclear iraniano.

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