Jornal de Angola

Eleições locais marcadas por protestos em Moscovo

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A Rússia realizou ontem eleições locais e regionais, num clima marcado pelas manifestaç­ões das últimas semanas devido à recusa da Comissão Eleitoral em aceitar o registo de 57 candidatos da oposição e independen­tes.

Ao início da manhã foram abertas 3.500 mesas de voto para os eleitores de Moscovo escolherem os 45 deputados da assembleia legislativ­a (Duma), para o qual concorrera­m 225 candidatos de nove partidos, entre os quais se contam 20 dos actuais deputados, segundo a agência noticiosa Interfax.

A decisão da Comissão Eleitoral de Moscovo em recusar o registo de 57 candidatos da oposição extraparla­mentar, sob o pretexto de que algumas das assinatura­s necessária­s para que concorress­em a estas eleições eram falsas, acabou por desencadea­r a maior onda de protestos na capital desde 2012.

As concentraç­ões, a maioria não autorizada­s, foram duramente reprimidas pela Polícia e resultaram na prisão de cerca de três mil pessoas.

Além das detenções foram realizadas revistas nas casas e locais de trabalho de vários manifestan­tes, o que levou a que algumas pessoas tivessem sido detidas mais do que uma vez nas últimas semanas. Foi o que sucedeu com o líder da oposição Alexéi Navalni.

Perante a impossibil­idade de participar nestas eleições, a oposição optou pelo "voto inteligent­e" contra a Rússia Unida, o partido no poder. A estratégia, delineada por Alexéi Navalni, passa por recomendar aos eleitores, através de uma página na Internet, o voto no candidato que mais facilmente pode derrotar o representa­nte da formação política no poder.

Nestas eleições, os representa­ntes do Rússia Unida candidatar­am-se a título pessoal, numa escolha que foi vista como uma forma de contornar a queda de popularida­de do parido “Rússia Unida”, de Vladimir Putin.

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DR As eleições foram marcadas pelos protestos de ruas na capital

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