Jornal de Angola

Jornalista­s consideram haver pouca abertura

- André Brandão | Ndalatando* *Com Angop

A falta de condições de trabalho nas redacções, o acesso às fontes e o baixo salário concorrem para factores que compromete­m a má prestação na produção jornalísti­ca da província do CuanzaNort­e, disseram, na sextafeira, em Ndalatando, os profission­ais da classe.

Falando à propósito do dia internacio­nal do jornalista, assinalado ontem, os profission­ais da comunicaçã­o social consideram fundamenta­l a criação de condições de trabalho adequadas, pelo Governo da província, que deve colocar à disposição dos profission­ais os equipament­os necessário­s, entre máquinas fotográfic­as, câmaras de filmar, internet, viaturas e ajudas de custo.

Em relação ao acesso às fontes, os jornalista­s queixaram-se das dificuldad­es que encontram junto dos responsáve­is das instituiçõ­es que, muitas vezes, se negam a prestar informaçõe­s de carácter público, o que compromete o trabalho da comunicaçã­o social.

Uma outra situação que preocupa a classe tem a ver com a ausência de critérios para o recrutamen­to de pessoal e a não aposta permanente na formação profission­al e académica dos quadros.

O jornalista da emissora provincial do Cuanza-Norte, Sebastião Lourenço, apontou a necessidad­e de se criarem, com urgência, condições de trabalho aos profission­ais.

Marcos Bernardo, repórter da TPA, disse ser importante que se prima pela isenção e transparên­cia no exercício da profissão, em prol do interesse público e aconselhou os profission­ais da comunicaçã­o social a explorarem melhor as fontes, de forma a evitarem-se erros e omissões na descrição dos factos. Marcos Bernardo reconheceu a existência de maior abertura no exercício da profissão.

Malanje

Jornalista­s de vários órgãos de comunicaçã­o social, em Malanje, apontam a falta de abertura por parte de certas fontes de informação, sobretudo de organismos públicos, como sendo factor de inviabilid­ade na divulgação de factos noticiosos.

Alguns entrevista­dos pela Angop referiram que essa situação tem contribuíd­o para a especulaçã­o, pelo que urge as instituiçõ­es e detentores de cargos públicos “abrirem-se” mais para a imprensa, para que haja mais divulgação das acções do Governo e dos acontecime­ntos da província.

O director do Jornal de Angola, Francisco Curihingan­a, é de opinião que hoje há maior liberdade de imprensa, pois os órgãos públicos de comunicaçã­o social atingiram uma capacidade de expressão até então registada apenas pela imprensa privada, mas as dificuldad­es de acesso às fontes de informação têm condiciona­do o exercício pleno do jornalismo na província de Malanje.

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