A maior incerteza dos últimos 25 anos
O Mundial 2019 que a China recebe no seu regaço tem tudo para ser memorável. A incerteza quanto ao vencedor é provavelmente a maior dos últimos vinte anos, e muita boa gente interroga-se se os EUA, agora liderados por Greg Popovich, terão capacidade para revalidar o ceptro mundial. Para os mais obstinados, os EUA são sempre os EUA e, com maior ou menor dificuldade são os principais candidatos ao título mundial.
As fases subsequentes da competição colocarão à prova a qualidade dos EUA, quando enfrentar selecções de maior apronto técnico-táctico, casos da Espanha, França, Brasil e Sérvia, as mais relevantes à entrada dos quartos-de-final. Deste lote, a Sérvia é a principal oponente dos EUA.
Se os EUA estão a “patinar”, passe a expressão, do outro lado da competição, o argentino Luís Scola com os 23 pontos anotados frente à Nigéria passou a ser o segundo melhor marcador dos Mundiais FIBA, com 611, numa lista liderada pelo brasileiro Oscar Schmidt, com 906 pontos em 34 jogos disputados. O “Top 5” dos melhores marcadores dos mundiais é integrado por Oscar Schmidt (906), Scola (611) e Gaze (594), Drazen Dalipagic da Jugoslávia (563 pontos) e José Piculin Ortiz de Porto Rico (511 pontos).
Memorável é também o facto de o Mundial da China promover jovens talentos. Na presente compita actuam pela primeira vez dez jogadores com menos de 21 anos de idade, sobressaindo nesse particular os nigerianos Jordan Nwora e Josh Okogie. Nwora completa 21 anos a 9 de Setembro e apresenta médias impressionantes: 21,7 pontos, 8 ressaltos, 2,7 assistências e 2,3 desarmes em três jogos.
Engrossam a lista o polaco Aleksandar Balcerowski, 18 anos, sendo o jogador mais jovem a actuar neste Mundial, Maximo Fjellerup (Argentina), Rui Hachimura (Japão), Didi Louzada (Brasil), Andrew Nembhard (Canadá) Frank Ntilikina (França), Dino Radoncic (Montenegro) e Jayson Tatum (EUA), a melhor referência deste lote. Tatum, 21 anos, representa há duas temporadas os Boston Celtics e ajudou os EUA a conquistar os títulos nos Mundiais de Sub-17 de 2014 e 19 de 2015. A estes juntam-se ainda Yago Mateus (Brasil), Grigory Motovilov (Rússia), Avi Schafer (Japão) e Abraham Sie (Costa do Marfim).
Por fora fica também o memorável registo dos brasileiros Leandro Barbosa, Alex García e Anderson Varejão que atingiram a meta dos cinco mundiais, juntando-se a Luis Scola, da Argentina, e Eduardo Mingas, de Angola, que atingiram a marca este ano.