Jornal de Angola

A maior incerteza dos últimos 25 anos

- António Ferreira

O Mundial 2019 que a China recebe no seu regaço tem tudo para ser memorável. A incerteza quanto ao vencedor é provavelme­nte a maior dos últimos vinte anos, e muita boa gente interroga-se se os EUA, agora liderados por Greg Popovich, terão capacidade para revalidar o ceptro mundial. Para os mais obstinados, os EUA são sempre os EUA e, com maior ou menor dificuldad­e são os principais candidatos ao título mundial.

As fases subsequent­es da competição colocarão à prova a qualidade dos EUA, quando enfrentar selecções de maior apronto técnico-táctico, casos da Espanha, França, Brasil e Sérvia, as mais relevantes à entrada dos quartos-de-final. Deste lote, a Sérvia é a principal oponente dos EUA.

Se os EUA estão a “patinar”, passe a expressão, do outro lado da competição, o argentino Luís Scola com os 23 pontos anotados frente à Nigéria passou a ser o segundo melhor marcador dos Mundiais FIBA, com 611, numa lista liderada pelo brasileiro Oscar Schmidt, com 906 pontos em 34 jogos disputados. O “Top 5” dos melhores marcadores dos mundiais é integrado por Oscar Schmidt (906), Scola (611) e Gaze (594), Drazen Dalipagic da Jugoslávia (563 pontos) e José Piculin Ortiz de Porto Rico (511 pontos).

Memorável é também o facto de o Mundial da China promover jovens talentos. Na presente compita actuam pela primeira vez dez jogadores com menos de 21 anos de idade, sobressain­do nesse particular os nigerianos Jordan Nwora e Josh Okogie. Nwora completa 21 anos a 9 de Setembro e apresenta médias impression­antes: 21,7 pontos, 8 ressaltos, 2,7 assistênci­as e 2,3 desarmes em três jogos.

Engrossam a lista o polaco Aleksandar Balcerowsk­i, 18 anos, sendo o jogador mais jovem a actuar neste Mundial, Maximo Fjellerup (Argentina), Rui Hachimura (Japão), Didi Louzada (Brasil), Andrew Nembhard (Canadá) Frank Ntilikina (França), Dino Radoncic (Montenegro) e Jayson Tatum (EUA), a melhor referência deste lote. Tatum, 21 anos, representa há duas temporadas os Boston Celtics e ajudou os EUA a conquistar os títulos nos Mundiais de Sub-17 de 2014 e 19 de 2015. A estes juntam-se ainda Yago Mateus (Brasil), Grigory Motovilov (Rússia), Avi Schafer (Japão) e Abraham Sie (Costa do Marfim).

Por fora fica também o memorável registo dos brasileiro­s Leandro Barbosa, Alex García e Anderson Varejão que atingiram a meta dos cinco mundiais, juntando-se a Luis Scola, da Argentina, e Eduardo Mingas, de Angola, que atingiram a marca este ano.

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