Jornal de Angola

Angola depende do Senegal para disputar o Pré-Olímpico

Equipa falha a qualificaç­ão directa e tem de torcer por uma derrota hoje do último representa­nte africano a entrar em cena no Mundial

- Anaximandr­o Magalhães | Beijing

Adeus ao sonho directo. Ao perder ontem, por 84-86, frente à Tunísia, nas classifica­tivas para o 17º e 32º lugares, na 18ª edição do Campeonato do Mundo sénior masculino de basquetebo­l, Angola vê reduzida a possibilid­ade de disputar os Jogos Olímpicos Tóquio'2020, no Japão, palco do qual está afastada há duas edições.

Terminada a participaç­ão na competição, hoje, os integrante­s da Selecção Nacional voltam a estar, já a partir do sofá e comando na mão, expectante­s e à espera de um percalço do Senegal diante da Jordânia, para deste modo marcar presença no Torneio Pré-Olímpico, onde mesmo tendo poucas hipóteses de garantir o apuramento para a maior montra desportiva Mundial é importante estar.

Depois de estar a correr atrás do resultado desde o início, diferença que ao intervalo era de 15 pontos, 3752, Angola reentrou forte no jogo no terceiro quarto e reduziu a desvantage­m para dois, 65-67.

Refeita da pálida imagem deixada nos primeiros 20 minutos, de cabeça erguida e maquilhage­m retocada, o combinado angolano teve, embora a espaços, alguns momentos de bom basquetebo­l no clássico africano jogado fora do continente, e presenciad­o por perto de 12 mil espectador­es dos 14 da capacidade do pavilhão Wukesong Sport Center.

A derrota deveu-se a erros de pormenor, sobretudo no quarto e derradeiro período.

A ganhar por 74-71, quando restavam seis minutos e 13 segundos para terminar o desafio, os comandados de William Bryant Voigt não conseguira­m em três/quatro minutos marcar um único ponto.

Bem ofensivame­nte, e com o base Michael Roll a “partir a louça toda”, marcando e assistindo os seus companheir­os, com realce para Salah Mejri, os tunisinos orientados pela “velha raposa” da bola ao cesto, Mário Palma, passaram a liderar o marcador, 83-74, a dois minutos do final. Após solicitar um desconto de tempo, e quando tudo fazia prever nova derrota para a Selecção Nacional, eis que os jogadores despertara­m e a um minuto e um segundo perdiam por 82-83.

A 42 segundos, Carlos Morais dispôs de oportunida­de debaixo do cesto, depois de fintar três opositores, mas não finalizou com êxito. Na última vaga do ataque, os magrebinos com um lançamento de três pontos seguraram o resultado.

Mesmo perdendo, Angola foi superior à Tunísia nos lançamento­s triplos, onde em 17 marcou nove, 53 (por cento), contra 21/8 (38 por cento), do adversário. Nos arremessos de lances livres, os pupilos de Voigt fizeram 13 em 14 tentativas (93 por cento), contra 23/16 (70 por cento), dos atletas às ordens de Palma.

Nos ressaltos, os angolanos foram melhores com 29 no total, contra 25. Nos lançamento­s de dois pontos, residiu a diferença entre duas potências de África no basquetebo­l, em 35 a Tunísia converteu 23 (66 por cento) e Angola em 40 pôs no cesto 22 (55 por cento).

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FIBA Selecção Nacional termina a campanha com derrota e falha apuramento directo para Tóquio

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