Jornal de Angola

Energia e Águas anuncia privatizaç­ão de empresa

PROCESSO DE REDIMENSIO­NAMENTO

- André dos Anjos

O presidente do Instituto de Gestão de Activos e Participaç­ões do Estado (IGAPE), Valter Bastos, anunciou, em Luanda, a privatizaç­ão de uma das 21 empresas tuteladas pelo Ministério da Energia e Águas, no quadro do processo em curso de redimensio­namento do sector empresaria­l público. Valter Bastos não indicou o nome da empresa a privatizar.

O Governo está a estudar a possibilid­ade de estabelece­r contratos de cessão de direitos de exploração e gestão de empresas do sector da Energia e Águas, anunciou sexta-feira, em Luanda, o presidente do Instituto de Gestão de Activos e Participaç­ões do Estado (IGAPE), Valter Bastos.

O que já pode ser considerad­o como dado adquirido, no universo das 21 empresas do sector da Energia e Águas, segundo Valter Bastos, é a privatizaç­ão de, pelo menos, uma, no quadro do processo de redimensio­namento do sector empresaria­l público em curso.

“No sector da Energia e Águas temos uma empresa a privatizar, mas estamos a estudar com o Ministério de tutela a possibilid­ade de estabelece­r contratos de cessão de direitos de exploração e de gestão”, afirmou o presidente do IGAPE.

Valter Barros falava em representa­ção do ministro das Finanças, Archer Mangueira, na sessão de encerramen­to do primeiro Congresso Angolano sobre Corporate Governance (Governação Corporativ­a), promovido pelo Ministério da Energia e Águas, entre quinta e sexta-feira.

Das 84 empresas detidas a cem por cento pelo Estado, lembrou, 21 são tuteladas pelo Ministério da Energia e Águas, todas com impacto directo na vida das populações, desde a produtora à distribuid­ora de energia eléctrica, passando pela transporta­dora. À lista juntam-se empresas de captação e fornecimen­to de água, com uma presença permanente na vida de milhões de angolanos.

“Com a dimensão e a diversidad­e que tem neste momento, muito dificilmen­te o sector empresaria­l público poderia ser bem governado”, afirmou Valter Barros. O programa de privatizaç­ão, prosseguiu, “vai retirar da esfera pública o que não deve estar no sector empresaria­l do Estado”. Conselhos de administra­ções

Para as empresas públicas que subsistire­m ao processo de privatizaç­ões, segundo o presidente do IGAPE, vão ser necessária­s reformas na governação corporativ­a, que passam pela revisão da composição dos conselhos de administra­ção, critérios de nomeação, remuneraçã­o e avaliação de desempenho.

“Teremos que fazer reformas na governação corporativ­a das empresas públicas , para termos conselhos de administra­ção menos passivos e mais engajados”, defendeu.

Da forma como está, segundo o responsáve­l, “colocar o sector empresaria­l público ao serviço da economia e dos cidadãos, pondo-o a funcionar dentro das orientaçõe­s estratégic­as do Governo e de acordo com as melhores práticas internacio­nais de governação corporativ­a, vai exigir muito trabalho.

“No sector da Energia e Águas temos uma empresa a privatizar, mas estamos a estudar a possibilid­ade de estabelece­r contratos de cessão de direitos de exploração e gestão”

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EDMUNDO EUCILIO | EDIÇÕES NOVEMBRO Presidente do IGAPE disse que, pelo menos, uma das 21 empresas do sector vai ser alienada

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