Mortes evitáveis
A recente morte de um jovem, na zona da Samba, causada pelo embate do motociclo que conduzia num contentor de lixo, colocado na rua, devia ter levado à tomada de medidas para evitar mais acidentes idênticos, mas não.
Quando se esperava que a morte de uma pessoa que circulava por onde era obrigado, a rua, na qual estava o que não devia, um contentor de lixo, levasse ao rebate de consciência de “alguém”, cujas obrigações incluem segurança de condutores, de qualquer espécie de veículos, e peões, qual quê!, uma vez mais, a indolência prevaleceu, num desafio, que não é novo, à impunidade.
Luanda continua sabe-se lá até quando entregue à sorte que lhe saiu em azar, que a maioria dos que a habita conhece de cor e salteado, onde os contentores de lixo, também eles, coitados, tão maltratados, estão colocados em tudo que é sítio, menos onde devem estar, como são os casos de passadeiras, curvas de ruas, esquinas de passeios.
A única coisa, que se saiba, feita na sequência da morte do motociclista foi a remoção do contentor da via por onde ele seguia. Então e todos os outros colocados em locais impróprios que, como se comprovou, podem transformar-se em instrumentos de morte?
Quantas vidas humanas mais têm de se perder para serem tomadas medidas? Nem a morte os demove da letargia? É urgente que “quem de direito” acaba com a anarquia.