A experiência cubana
Cuba tem como um dos pilares da sua economia o capital humano e possui uma experiência em gestão e aproveitamento de resíduos que data do ano de 1961. Consta que a 7 de Novembro desse ano foi criado em território cubano a primeira indústria de reciclagem, com a finalidade de substituir as importações e obter receitas mediante a exportação de alguns desses desperdícios, que não podiam ser reutilizados no país.
Com a sua política no sector de resíduos, Cuba conseguiu recuperar matéria-prima que lhe permite poupar 15 milhões de dólares no OGE (Orçamento Geral do Estado). Adicionalmente, na Ilha está em vigor uma lei (Lei nº 1288) que obriga as entidades estatais a examinar os desperdícios da produção e entregá-los à empresa encarregue pelo seu tratamento. No total, Cuba tem uma rede de 312 centros de compra de produtos recicláveis.
À procura do incremento do valor acrescentado dos resíduos recicláveis, em Dezembro de 2012, o Governo cubano aprovou uma política para o incremento da reciclagem de matéria-prima. Com isso, o território gera, todos os anos, dois milhões de toneladas de resíduos passíveis de reciclar, incluindo resíduos sólidos urbanos. Deste número, somente são recuperados à volta de 320 mil toneladas.
No ano passado, Cuba introduziu a venda de 182 toneladas de plástico triturado. Trinta toneladas de vidro moído, cinco mil metros de mangueira, 12 mil unidades de produtos plásticos e 15 mil dispositivos são fabricados com vidro reciclado. Em linhas gerais, a matéria-prima cubana é adquirida pelas grandes indústrias siderúrgicas, pela empresa Inox e por outros segmentos de cabos eléctricos e telefónicos.
No entanto, muita criatividade e inovação cubana é derivada do bloqueio que o Governo norte-americano lhe impõe, com a indústria a produzir açúcar, bebidas alcoólicas, energia alternativa, contraplacados, ração animal e papel e o sector dos transportes a optar pela reutilização de pneumáticos, para galvanizar o turismo e o transporte público.