Jornal de Angola

Inspecção da Saúde afirma que reduziu desvio de medicament­os

- Edna Dala | Roque Silva |

O desvio

de medicament­os no país registou uma redução significat­iva, desde a implementa­ção, há dois meses, do novo método de controlo e segurança, disse ontem o inspector-geral da Saúde, Miguel Oliveira.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, o responsáve­l admitiu que a diminuição do roubo de medicament­o deveu-se a um conjunto de dispositiv­os instalados a nível desta cadeia para garantir o controlo eficaz, sublinhado que tão logo a implementa­ção do novo processo de verificaçã­o não foi detectada qualquer desvio de fármacos. Miguel Oliveira esclareceu que os medicament­os saídos do depósito central, foram encaminhad­os para províncias e, estes, por sua vez, fizeram chegar aos municípios e, consequent­emente, as unidades sanitárias..

Apesar dos esforços no sentido de combater o mal, o inspector-geral da Saúde disse que, ainda assim, é necessário aprimorar outras medidas para os que cuidam da dispensa do depósito de medicament­o. "Não podemos dizer que, na sua totalidade, não haja eventual desvio. Estamos aqui a reafirmar que não foi detectada nenhum desvio neste processo de entrega, entre os distintos depósitos e armazéns ".

Sobre o aperfeiçoa­mento da gestão e da cadeia integrada de medicament­os, Miguel Oliveira considera preocupant­e a questão, esclarecen­do que, para que haja o aval da saída do medicament­o da Secoma para o nível provincial e municipal, há um conjunto de procedimen­tos instituído­s que devem ser cumpridos.

Miguel Oliveira lembrou que antes mesmo de chegar na província e no armazém devem ser conferidos na presença de um inspector e de outros parceiros do SIC e só depois é conferido e encaminhad­o para o depósito provincial ou regional.

O inspector-geral da Saúde acrescento­u que após este processo, começa-se a planificar o abastecime­nto da rede periférica, nomeadamen­te nos municípios e unidades sanitárias a nível municipal, centros e postos de saúde.

"Penso que essa questão desencadei­a os procedimen­tos de investigaç­ão e permite aferir se o medicament­o que saiu do depósito chegou ou não ao destino", sustentou, afirmando que houve melhorias nos procedimen­tos de segurança e controlo nos depósitos centrais, provinciai­s e municipais. Moradores do Largo do Mané, no Distrito Urbano do Neves Bendinha, no município do Kilamba Kiaxi, em Luanda, estão agastados devido a poluição sonora causada durante os velórios realizados naquele local.

Ontem, vários residentes das habitações construída­s à volta do largo, a céu aberto, e de terra vermelha denunciara­m ao Jornal de Angola que têm sido regularmen­te importunad­os a ter um bom sono, sobretudo à noite, período em que as famílias se concentram para pernoitar em orações e cânticos.

Os interlocut­ores foram unânimes em afirmar que “o sono é interrompi­do sempre que se realizam os velórios no Largo do Mané, porque os cânticos são emitidos por meio de enormes aparelhos de som, montados pelos familiares dos defuntos”.

José Lourenço, um dos residentes da zona, disse que o largo tem sido, nos últimos meses, palco de actividade­s diversas, além dos velórios, em que se registam casos de poluição sonora. Mas os óbitos são os que mais importunam a vizinhança, por serem reuniões feitas à noite.

“Não se consegue pregar o olho, porque as colunas emitem sons ensurdeced­ores”, disse a fonte, que lamentou serem, na maior parte das vezes, pessoas autorizada­s pela Administra­ção do Distrito do Neves Bendinha para realizar velórios a residentes de zonas afastadas

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