OMS destaca progressos no sector da Saúde no país
Durante o Conselho Consultivo da Saúde foram estabelecidas novas metas para melhorar o Sistema Nacional de Saúde, com a criação de novas políticas
O sector de Saúde em Angola tem registado progressos assinaláveis nos últimos 15 anos, com a construção de infraestruturas hospitalares e o enquadramento de novos médicos, que perfaz actualmente mais de oito mil, contra 1800 anteriormente.
O reconhecimento foi feito pelo representante da Organização Mundial da Saúde em Angola (OMS), Hernando Agudelo, à margem do 29º Conselho Consultivo do Ministério da Saúde, realizado sob o lema “Alcançar a Cobertura Universal da Saúde; Não deixar ninguém para atrás, rumo à construção de uma Angola saudável”.
Hernando Agudelo disse que, para que Angola tenha uma maior cobertura universal no sector da Saúde, é importante que se intensifique o programa de vacinação e reforçar a capacidade dos recursos humanos, para que todos recebam melhor assistência médica.
“A OMS tem apoiado Angola para atingir os seus objectivos, com a cobertura universal da saúde. Estamos a fazer um mapeamento sobre as doenças negligenciadas, para estancar estes fenómenos”, disse.
Para Hernando Agudelo, Angola tem registado avanços consideráveis no sector , em relação aos últimos 15, porque houve um grande esforço das autoridades em investir no aumento de hospitais e também de médicos.
Durante o Conselho Consultivo da Saúde foram estabelecidas novas metas para melhorar o Sistema Nacional de Saúde, como a criação de políticas para baixar o preço dos medicamentos e garantir maior eficiência na prestação dos serviços em todas unidades sanitárias do país.
A ministra Sílvia Lutucuta disse, durante o Conselho Consultivo, que para se alcançar a cobertura universal da saúde é necessário que se aumente o acesso aos medicamentos e produtos médicos para toda população.
Sílvia Lutucuta acrescentou que o objectivo é reduzir o preço, aumentar a transparência e a responsabilização. “Neste momento, deu-se início ao processo de compras agrupadas através da Plataforma do Sistema Nacional de Contratação Electrónica e a aquisição adicional às Agências das Nações Unidas, particularmente para os programas da Malária, Tuberculose, VIH-Sida, vacinas, medicamentos essenciais, produtos para os serviços de saúde reprodutiva e medicamentos para a Hipertensão e Diabetes”.
A ministra informou que, anualmente, o Ministério da Saúde vai passar a realizar concurso público de ingresso, sublinhando que para a motivação dos recursos humanos foram aprovados os Estatutos Remuneratórios das carreiras da saúde, que beneficiaram 44.615 profissionais.
O Conselho Consultivo serviu para dinamizar o diálogo e o intercâmbio entre gestores e profissionais do ramo de todo país, assim como a presença de responsáveis de outras instituições do Executivo e parceiros para o reforço da colaboração, a fim de materializar os compromissos do sector.
Outro pormenor de desenvolvimento no sector é a campanha lançada recentemente, “Nascer Livre para Brilhar”, liderada pela Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, que tem como foco a sensibilização das grávidas com VIH/Sida para aderirem ao teste e, consequentemente, ao corte vertical.