UNITA acusa Governo de abandonar o povo
Na abertura das Jornadas Parlamentares da UNITA, o presidente do partido, Isaías Samakuva, acusou o Executivo de abandonar a população da Huíla, Namíbe, Cunene e Cuando Cubango. Nos últimos tempos, a região enfrenta seca severa. A UNITA escolheu a Huíla e o Cunene para realizar as jornadas.
O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, acusou, ontem, na cidade do Lubango, o Executivo de abandonar as populações residentes nas províncias da Huíla, Namíbe, Cunene e Cuando Cubango, que nos últimos tempos enfrentam uma seca severa e fome por falta de água e alimentos.
Isaías Samakuva fez tais acusações na abertura das jornadas parlamentares da UNITA que decorrem sob o lema “Por uma cidadania participativa e governação transparente para desenvolver as comunidades”, cuja sessão de abertura foi marcada por um atraso de cerca de uma hora e meia.
O líder da UNITA esclareceu que o seu partido escolheu as províncias da Huíla e do Cunene para realizar, até ao próximo sábado, as jornadas parlamentares para que os deputados possam recolher e levar ao Executivo as sugestões dos cidadãos e organizações da sociedade civil e outras iniciativas urgentes, para mitigar a fome e outras consequências resultantes da seca.
Isaías Samakuva sublinhou que o Sul do país alberga uma população combinada de 4.980.084 habitantes, correspondentes a 17 por cento da população do país. O político acrescentou que, paradoxalmente, em cada ano, a região beneficia de menos de três por cento da despesa total do Orçamento Geral do Estado.
Para o presidente da UNITA, “isto significa que o Governo exclui o Sul do país das suas prioridades, porque abandonou eixos fundamentais constantes no Plano Nacional de Desenvolvimento 2018-2022”. Acrescentou que o Executivo não conhece a dimensão real dos problemas.