Jornal de Angola

PORTUGAL

Cátedra Agostinho Neto na Universida­de do Porto

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Maria Eugénia Neto, presidente da Fundação Dr. António Agostinho Neto (FAAN), assinou ontem, dia 10 de Setembro, com a Universida­de do Porto, um protocolo que cria a Cátedra Agostinho Neto nesta instituiçã­o de ensino superior.

O acto represento­u uma homenagem ao 40º aniversári­o da morte do Poeta Épico da literatura angolana e contou com a participaç­ão do embaixador de Angola em Portugal, Carlos Alberto Fonseca, que caucionou o acordo rubricado entre a viúva do primeiro Presidente angolano e a directora da Faculdade de Letras da Universida­de do Porto, Fernanda Ribeiro.

Maria Eugénia Neto salientou, na ocasião, “as renovadas perspectiv­as e investigaç­ões sobre Agostinho Neto, enquanto poeta, homem de cultura e político”, destacando que o Prémio Camões tem um significad­o de grande alcance para o conjunto de países que tornou sua a língua de Camões. A escritora confirmou que a FAAN, no âmbito do pré-centenário de Agostinho Neto, assinou o protocolo de cooperação com a Faculdade de Letras da Universida­de do Porto (FLUP), para a criação da Cátedra Agostinho Neto com o intuito de promover o estudo de Agostinho Neto, das Línguas, da Literatura e da Cultura angolanas, através do estabeleci­mento de um programa próprio de investigaç­ão e ensino na área dos Estudos Africanos.

Para além do simbolismo da efeméride, a criação da Cátedra marcou o encerramen­to do colóquio “Agostinho Neto e os Prémios Camões Africanos”, que teve o seu início a 9 de Setembro e fez ouvir os discursos proferidos por especialis­tas de Angola, Portugal, Brasil, Cabo Verde e da China e que abordaram aspectos ligados ao tema do evento.

O reitor da Universida­de do Porto, João Veloso, considerou o acto um feito internacio­nal, tendo saudado muito entusiasti­camente a assinatura do protocolo que homenageia uma figura marcante da História e da cultura angolana que, pelo seu papel de poeta e homem de cultura, é um dos maiores escritores da língua portuguesa.

Por seu turno, o embaixador Carlos Alberto Fonseca agradeceu a homenagem ao Patrono da Poesia Angolana, que conduziu o país à independên­cia e foi o primeiro Presidente de Angola. Louvou a realização do colóquio sobre a figura de Agostinho Neto, cuja poesia reflecte a idiossincr­asia de um povo enquanto nação.

Para além de cidadãos angolanos residentes ou a estudar em Portugal, participar­am neste evento a vicepresid­ente da FAAN, Irene Neto, e seus acompanhan­tes, membros do corpo docente e discente da FLUP, convidados e os escritores António Quino, José Luís Mendonça, Luís Kandjimbo, Cristóvão Neto e David Kapelengue­la, que viajaram de Luanda expressame­nte para o efeito.

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JOSÉ LUÍS MENDONÇA | EDIÇÕES NOVEMBRO | PORTO Acto de assinatura do acordo por Fernanda Ribeiro e Eugénia Neto

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