Jornal de Angola

Bienal apela à criativida­de da juventude

- Manuel Albano

A I Bienal de Luanda representa um marco histórico, por dar aos jovens a oportunida­de de apresentar­em ideias inovadoras sobre o desenvolvi­mento harmonioso de África, defendeu ontem, em Luanda, o secretário de Estado da Cultura, Aguinaldo Cristóvão.

A I Bienal de Luanda representa um marco histórico importante por dar aos jovens a oportunida­de de apresentar­em ideias inovadoras sobre o desenvolvi­mento harmonioso de África, defendeu ontem, em Luanda, o secretário de Estado da Cultura, Aguinaldo Cristóvão.

O I Fórum Pan-Africano para a Cultura da Paz, que acontece de 18 a 22, na capital, representa, na opinião do secretário de Estado, uma excelente oportunida­de para promover a fraternida­de entre os países, em especial os africanos, por meio das mais variadas manifestaç­ões artísticas.

Durante um encontro com a imprensa, ontem, no Ministério de Cultura, em Talatona, Aguinaldo Cristóvão garantiu que a bienal vai servir para mostrar que é possível criar laços fortes de amizade e unidade entre os povos africanos, para a resolução de conflitos e a manutenção da Cultura da Paz, de modo pacífico e com resultados positivos.

A proposta para realizar a bienal, explicou Aguinaldo Cristóvão, foi aceite por Angola ter uma vasta experiênci­a na resolução de conflitos e manutenção da Paz. “É com esse exemplo que se quer dar a conhecer melhor do continente” , destacou.

Outro objectivo da bienal, prosseguiu, é ajudar na partilha de conhecimen­tos entre os mais de 200 jovens provenient­es de todo o continente que, ao longo do encontro, vão debater a melhor forma de desenvolve­r África, tendo como referência­s, além dos jovens, as mulheres.

“Escolhemos as mulheres pelo papel fundamenta­l que desempenha­m na resolução pacífica de conflitos. Durante a bienal vamos ter a participaç­ão de várias associaçõe­s femininas, ligadas a projectos de prevenção de conflitos e preservaçã­o dos direitos humanos” , disse Aguinaldo Cristóvão, adiantando que espera, com o encontro, grandes decisões sobre o futuro do continente.

A diáspora também consta dos projectos da bienal, com realce para o contributo dos afro-descendent­es no desenvolvi­mento de outros países, em especial nesta fase de celebração dos 400 anos da chegada dos primeiros africanos à colónia de Jamestown, na Virgínia, EUA. “Sabemos que a cultura angolana está espalhada pelo mundo e devemos partilhar esse momento com outros países”, enfatizou Aguinaldo Cristóvão.

A realização da bienal, reconheceu, só é possível com o empenho de todos, fundamenta­lmente dos principais parceiros do Executivo, como a União Africana e a Organizaçã­o das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), que permitiu uma maior integração das elites africanas e representa­ntes da sociedade civil.

Um outro ganho da bienal, esclareceu, acontece a nível interno, com o aumento do turismo. “São turistas de todos os continente­s, que vão aprender mais sobre a realidade sociocultu­ral do país. Os operadores culturais e económicos têm a oportunida­de de criar empregos provisório­s. Por isso, temos pedido à participaç­ão de todos.”

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ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Aguinaldo Cristóvão disse que a iniciativa está focada no respeito pela diversidad­e

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