12 médicos chineses reforçam o Hospital Geral de Luanda
Os médicos chineses, além das consultas diversas, vão, igualmente, dedicar-se à formação de profissionais angolanos, no sentido de colmatar os défices em várias áreas da medicina
O Hospital Geral de Luanda foi reforçado,ontem,com12médicos de nacionalidade chinesa, de várias especialidades, para dar resposta às grandes endemias que chegam, diariamente, à unidade sanitária.
O reforço dos médicos nos hospitais do país surge no âmbito do acordo de cooperação entre os Governos de Angola e da China. Deste grupo, constam médicos de cirurgia geral, pediatria, cardiologia, neurologia, ortopedia, analista de laboratório, acupunctura e farmacêutico, além de um cozinheiro e um intérprete. Os médicos, que se encontram no país desde Junho último, fazem parte do quinto grupo de especialistas chineses.
O director do Hospital Geral de Luanda, Carlos Zeca, considerou uma mais-valia a presença dos especialistas chineses que muito vão contribuir para a assistência médica da população.
Carlos Zeca reconheceu que a ajuda chinesa é vista como um acto de humanismo porque, argumentou, os encargos salariais e as viagens são da responsabilidade do Governo chinês.
Além de prestarem assistência, os especialistas chineses vão, igualmente, dedicar-se à formação de profissionais angolanos, no sentido de colmatar os défices em várias áreas da medicina. O responsável lembrou que o Hospital Geral de Luanda resulta de uma doação do Governo chinês, daí ter enaltecido a prontidão deste grupo de médicos. “Desde a construção do hospital temos beneficiado de ajuda medicamentosa e equipamentos médicos”.
O primeiro grupo de médicos chineses que prestam serviço no Hospital Geral de Luanda chegau a Angola em 2009. Ao todo, incluindo os 12 que ontem entraram em acção, perfazem 58 especialistas, que oferecem serviços nas várias especialidades.
A estatística indica que desde 2009, os especialistas chineses realizaram mais de 194 mil consultas.
Localizado em Camama, o Hospital Geral de Luanda é a maior obra doada pelo Governo chinês. A unidade sanitária dispõe de equipamentos e aparelhos modernos e tem capacidade para atender, diariamente, 800 pacientes.
Hospital reage a informação
A directora clínica em exercício do Hospital Geral de Luanda, Evelise Wakavinde, contrariou as informações do cidadão Vladimiro Gonga postadas nas redes sociais e no site Maeimba Siluto, alegando ter sido mal atendido por um enfermeiro estagiário na ausência do médico.
Evelise Wakavinde esclareceu que o cidadão deu entrada no hospital no passado dia 29 de Agosto, pelo Banco de Urgência de Medicina, “com estorrico de fraqueza e muito debilitado” e foi atendido por uma equipa médica.
Disse que após o diagnóstico clínico, que confirmou o “estado avançado da diabetes”, foram prestados os primeiros socorros e, posteriormente, transferido para a sala de Cuidados Intermédios onde reagiu satisfatoriamente.
A também responsável pela área dos Cuidados Intermédios do HGL negou que o médico assistente do paciente em causa tenha estado ausente durante uma semana, mas considerou normal um paciente ser atendido por um outro profissional.
“Não é necessário que um doente seja atendido apenas pelo médico titular, porque, para além do que acompanha o paciente existem outros profissionais para o efeito”, argumentou.
Evelise Wakavinde considera estável o actual estado do paciente Vladimiro Gonga.
O paciente Vladimiro Gonga, que é músico do estilo reggae, encontra-se na cama 12 da sala dos Cuidados Intermédios. Ao Jornal de Angola, o cantor admitiu que está a evoluir satisfatoriamente. Relativamente às informações postas a circular nas redes sociais, o paciente considerou um acto de especulação que visa buscar dividendos e criar intrigas. “Os artistas adoecem e as pessoas usam as redes sociais para especular, inclusive solicitam apoio financeiro , quando na verdade não passa de mentira.”
“No meu caso, todas as informações são especulação”, disse, agradecendo a direcção e à equipa médica do hospital o carinho e o tratamento a que está a ser submetido.