Jornal de Angola

Estudantes universitá­rios doam 23 bolsas de sangue

- Rodrigues Cambala

de 23 bolsas de sangue foi colhido, na segundafei­ra,no Instituto Superior Politécnic­o Kangonjo, em Cacuaco, numa acção humanitári­a que contou com participaç­ão de estudantes e professore­s da instituiçã­o académica.

A nobre iniciativa da instituiçã­o, a terceira do género, junta-se a árdua luta do Instituto Nacional de Sangue em aumentar o número de dadores voluntário­s, para colmatar a falta do produto que se regista nas unidades de saúde do país, particular­mente de Luanda.

A médica do Instituto Nacional de Sangue, Wato Ndjeka, agradeceu o gesto da instituiçã­o e disse que acção surge numa boa altura, numa altura em que stock do INS não dispõe de grandes quantidade­s do produto para fazer face às solicitaçõ­es.

Wato Ndjeka explicou que as 23 bolsas de sangue colhidas vão servir para apoiar o Centro Nacional de Oncologia, Hospital Pediátrico David Bernardino e algumas maternidad­es sediadas na província de Luanda.

A médica, especialis­ta em imunohemot­erapia, disse ser pretensão do Instituto Nacional de Sangue contar no instituto superior com 50 dadores voluntário­s e regulares, para que se consiga atender, com o mínimo de dificuldad­es, todas as unidades sanitárias que dependem directamen­te do INS.

Wato Ndjeka disse que, apesar da nobre iniciativa da instituiçã­o académica, ainda assim o número de dadores voluntário­s está muito aquém das expectativ­as, face às exigencias da Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS).

“Caso não atinjamos esta cifra, com certeza, iremos continuar a depender das doações familiares que, por vezes, chega tarde. Uma situação que a OMS não vê com bons olhos, atendendo o elevado risco de infecção”, acentuou a especialis­ta.

O director de Comunicaçã­o Institucio­nal do Instituto Superior do Kangonjo, José Ventura, disse que a instituiçã­o trabalha com o INS há três anos e, com esta iniciativa, pretende-se que boa parte dos estudantes sejam dadores voluntário­s, de modo a ajudar a quem, de facto, precisa do produto. O Plano de Desenvolvi­mento do Sector Eléctrico e o Plano de Segurança Energética de Angola têm previsto, até 2022, a construção de um projecto com capacidade de 600 Megawatts de energia solar e a instalação de 30 mil sistemas individuai­s de produção de energias foto voltaicas.

A informação foi revelada ontem, em Luanda, pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, durante a palestra sobre financiame­nto de projectos de energias renováveis, que contou com a participaç­ão de empresas públicas e privadas do sector e estudantes universitá­rios.

O ministro disse que a energia solar tem um custo cada vez mais competitiv­o e é, hoje, uma solução para a electrific­ação do país, sobretudo em sistemas individuai­s que possam ser instalados em aldeias.

Ao admitir que o desafio só pode ser vencido se existir imaginação e criação de condições, para que o sector privado participe, por intermédio de um programa de financiame­nto que facilite a implementa­ção da energia solar.

No âmbito das relações de cooperação bilateral entre Angola e os Estados Unidos de América, tem havido, nos últimos tempos, passos positivos com a participaç­ão de um consultor, no âmbito do programa Power África, que, durante dois anos, ajudou a preparar a regulament­ação no domínio das energias renováveis.

João Borges avançou a criação de um veículo que facilita e assegure a captação de financiame­ntos, para projectos de electrific­ação nas áreas rurais.

Na Lei Geral de Electricid­ade está prevista a criação da Agência Nacional de Electrific­ação

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EDIÇÕES NOVEMBRO Acção solidária vai ajudar a diminuir a carência do produto

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