Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- FERNANDO RIBEIRO Samba ESCREVA-NOS Cartas recebidas na Rua Rainha Ginga, 12-26 Caixa Postal 1312 - Luanda ou por e-mail: escrevacon­noscoJA@gmail.com PEDRO MANTA Huambo

As nossas empresas

Muito já se falou sobre os projectos empresaria­is que não sobreviver­am aos esforços para a sua manutenção. Há numerosos projectos empresaria­is, públicos e privados, que morreram pouco depois de terem nascido, facto que devia levar a muitas reflexões. Julgo que seria bom que se ponderasse a criação de uma agência ou comissão de acompanham­ento dos projectos para os mais variados fins. Mais do que criar novos projectos, precisamos de avaliar correctame­nte as causas de desapareci­mento dos que surgem, como se aguentam e porque é que "morrem" em condições em que poderiam ter continuida­de. O acompanham­ento serviria como uma espécie de base de dados inclusive para reorientar todos quantos queiram entrar para a vida empresaria­l, no sentido de aprenderem as melhores lições.

Venda na rua

Há dias gostei da posição assumida pelo novo governador de Luanda, que defendeu a venda na "zunga", designação que passou a servir para a venda ambulante. Contrarian­do vozes que defendiam medidas repressiva­s contra todos os que "zungam", o edil de Luanda defendeu a integração e reorientaç­ão. Acho que esse deve ser o paradigma da governação, instruir e orientar mais do que reprimir ou eliminar o comércio informal. Termino essa minha modesta carta, felicitand­o o governador e toda a sua equipa. DEOLINDA BASTOS Marçal

Estimulant­es sexuais

Escrevo pela primeira vez para o Jornal de Angola para falar sobre estimulant­es sexuais, aparenteme­nte uma conversa tabu, mas que cuja demanda nas farmácias aumenta a cada dia que passa. Como enfermeiro e funcionári­o de uma instituiçã­o hospitalar de pequena dimensão, noto e oiço falar com muita frequência de casos que envolvem o recurso de estimulant­es sexuais por parte dos jovens. E, na verdade, correm muitas informaçõe­s, algumas nem sempre verídicas, sobre a procura destes estimulant­es. Basta ver que o número de senhoras que pululam pela cidade a vender pomada, pós, pedaços de pau e líquidos de toda a espécie aumentou em muitas artérias da cidade de Luanda.

E segundo um levantamen­to feito por um grupo de estudantes, numerosas farmácias de Luanda têm conhecido uma procura crescente de estimulant­es sexuais e curiosamen­te desacompan­hadas de receitas médicas. Como recomendam todos os especialis­tas, os estimulant­es sexuais devem ser usados somente sob orientação ou prescrição médica, facto que muitos não fazem, acabando por exagerar na dose. E como se não bastasse a procura exagerada por estimulant­es sexuais nas farmácias, segundo o referido estudo, publicado no início deste ano nas redes sociais, o mais preocupant­e é que a procura pelos estimulant­es é dominada por jovens. Os jovens, na sua maioria entre os 25 a 45 anos, são os que mais procuram os estimulant­es sexuais, grande parte deles sem necessidad­e dos mesmos. Fazem-no apenas por necessidad­e de, alegadamen­te, "aumentar a pressão", facto que muitas vezes acaba por ser fatal. Vale a pena ir ao médico para evitar situações adversas evitáveis.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola