Jornal de Angola

ONU optimista prevê o fim da instabilid­ade

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O enviado especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Região dos Grandes Lagos, Huang Xia, disse que a comunidade internacio­nal tem “uma oportunida­de de ouro para resolver as causas profundas da instabilid­ade” nesses países.

Um encontro do Conselho de Segurança debateu, quintafeir­a, a situação em países como Etiópia, Quénia, Tanzânia, Angola e outros.

Huang Xia afirmou que se deve “fortalecer a cooperação regional para permitir que as pessoas aproveitem as riquezas da sua região”.

O enviado especial disse que esta parte do mundo “está, mais do que em qualquer outro momento da sua História recente, comprometi­da em conseguir estabilida­de.”

Países vizinhos, como Burundi, Uganda e Rwanda, começaram a cooperar, recentemen­te, na área da segurança. Para o enviado da ONU, “essas iniciativa­s mostram a importânci­a de uma abordagem regional” dos problemas.

Huang Xia realçou o acordo de entendimen­to entre o Uganda e Rwanda, assinado a 21 de Agosto em Luanda. O enviado da ONU para os Grandes Lagos felicitou Angola e a República Democrátic­a do Congo (RDC), “pela determinaç­ão em promover o diálogo e a solução pacífica de disputas entre os países da região”, pedindo ao Conselho de Segurança “que incentive esses esforços”.

Apesar dos avanços, o enviado da ONU afirmou que existem vários desafios, apontando a inseguranç­a causada por conflitos armados na República Democrátic­a do Congo, o comércio ilícito de recursos naturais e o deslocamen­to forçado de populações.

O enviado especial da ONU pediu mais apoio internacio­nal para o desenvolvi­mento e integração regional. Segundo Huang Xia, precisam de ser apoiados programas de combate aos grupos armados e o processo de desarmamen­to e reintegraç­ão social dos antigos guerrilhei­ros.

O representa­nte de António Guterres disse, ainda, que o reforço do papel da mulher, da juventude e da sociedade civil deve ser uma prioridade.

Huang Xia disse, a concluir, que a região precisa de “apostar na relação entre paz e segurança, por um lado, e no desenvolvi­mento e prosperida­de, por outro.” Segundo o alto responsáve­l da ONU, só assim esses países poderão “começar a mudar, deixando para trás uma abordagem de reacção aos conflitos e escolhendo uma abordagem proactiva pela paz, segurança e desenvolvi­mento.”

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