Jornal de Angola

Novo Cardeal diz que situação em Angola está a melhorar

-

O bispo emérito de Benguela D. Eugénio Dal Corso, investido Cardeal pelo Papa, no sábado, considera que o país está a melhorar, embora ainda exista muita pobreza, e destacou o combate à corrupção por parte do actual Governo. “O país está a melhorar. A gente está muito contente com o novo Presidente da República”, declarou.

O bispo emérito da Diocese de Benguela D. Eugénio Dal Corso, sábado investido Cardeal pelo Papa Francisco, considera que o país está a melhorar, embora ainda exista muita pobreza, e destacou o combate à corrupção por parte do actual Governo.

“O país está a melhorar. A gente está muito contente com o novo Presidente da República”, João Lourenço, declarou à agência Lusa D. Eugénio Dal Corso, de 80 anos, reconhecen­do que há, porém, “muito trabalho” a fazer.

Segundo o Cardeal, que continua o trabalho missionári­o apesar da idade, agora em Caiundo, no Cuando Cubango, Diocese de Menongue, "uma das províncias mais pobres e humildes", localizada no sul do país, ainda há “muita pobreza e muita dificuldad­e, mas [o país] está a caminhar num caminho bom”.

Referindo estar há 33 anos em Angola, o Cardeal afirmou que o país “é muito lindo” e “potencialm­ente muito rico, mas, lamentavel­mente, a população é ainda muito pobre”.

“Mas está a melhorar um pouco”, insistiu, desafiando: “E que Portugal nos ajude também a melhorar Angola”.

D. Eugénio Dal Corso admitiu que “o problema do país era a corrupção e agora o Presidente (...), a finalidade do seu Governo, é combater a corrupção e está a fazer isto”, acrescenta­ndo: “Claro que tem muito a fazer”.

O Papa Francisco investiu, sábado, na Basílica de São Pedro, 13 novos cardeais, sendo 10 eleitores, incluindo o português Tolentino Mendonça, 54 anos, arquivista e bibliotecá­rio do Vaticano, Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha, Itália, da Comunidade de Santo Egídio, um dos quatro mediadores do acordo de paz de 1992 em Moçambique, e Jean-Claude Höllerich, arcebispo do Luxemburgo.

Foram também criados cardeais eleitores o espanhol Miguel Ángel Ayuso Guixott, presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Interrelig­ioso, Ignatius Suharyo Hardjoatmo­djo, arcebispo de Jacarta (Indonésia), e o cubano Juan de la Caridad García Rodríguez.

Fridolin Ambongo Besungu, arcebispo de Kinshasa (República Democrátic­a do Congo), Álvaro Leonel Ramazzini Imeri, arcebispo de Huehuetena­mgo (Guatemala), o marroquino Cristóbal López Romero (arcebispo de Rabat) e o checo Michael Czerny, subsecretá­rio da Secção de Migrantes - Dicastério para o Serviço do Desenvolvi­mento Humano Integral, integram também a lista.

Como cardeais não eleitores, por terem ultrapassa­do os 80 anos, Francisco escolheu Eugénio Dal Corso, arcebispo emérito de Benguela, Angola, Michael Louis Fitzgerald, arcebispo emérito de Nepte (Inglaterra), e Sigitas Tamkeviciu­s, arcebispo emérito de Kaunas (Lituânia).

 ?? DR ?? D. Eugénio Dal Corso admite pobreza e destaca reformas positivas
DR D. Eugénio Dal Corso admite pobreza e destaca reformas positivas

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola