Os servidores públicos e a resolução dos problemas dos cidadãos

Os cidadãos esperam sempre que os servidores públicos tenham atitudes exemplares no exercício das suas funções e resolvam os seus problemas, sem olhar para a condição social ou económica das pessoas.

Ser servidor público implica a assunção de atitudes que vão ao encontro da defesa do interesse público. Quem tem a pretensão de ser servidor do Estado deve estar preparado para servir os cidadãos, com justiça e imparcialidade .

Assistimos no passado a situações em que os cidadão não estava, de uma maneira geral, no centro das preocupações dos servidores públicos, que estavam mais concentrados em fazer negócios particulares, sacrificando o erário, e engavetando problemas que diziam respeito à vida das pessoas.

Eram os tempos da impunidade. Ninguém receava por punição quando estivesse a cometer infracções em prejuízo do Estado, o que incentivava os servidores públicos a violar as leis, de forma permanente. Um dia alguém ou uma instituição terá de dizer à Nação, em pormenor, o que realmente se passou e de informar da verdadeira dimensão dos prejuízos que os “marimbondos” causaram ao Estado, que hoje tem de continuar a endividar-se no exterior do país para poder satisfazer muitas necessidades dos cidadãos.

Tínhamos e temos no país leis bem elaboradas que previam , por exemplo, sanções para quem praticasse o peculato, mas como os órgãos competentes da Justiça não funcionavam no sentido de punir os infractores, estes achavam que estavam acima da lei e que as instituições podiam ser desprezadas .

Agora, e felizmente , vivemos outros tempos, com órgãos de Justiça a cumprirem o seu papel, pondo termo à impunidade, assistindo-se à investigação, julgamento e punição de crimes de “colarinho branco”.

Acredita-se que, com acções vigorosas da Justiça em relação a crimes económicos, cometidos por qualquer pessoa, venham a reduzir os casos de corrupção, para que possamos ter um país normal, com as instituições a trabalharem em prol do bem-estar de todos os angolanos.

As instituições públicas devem ser grandes pilares da promoção do desenvolvimento do país. Não devemos permitir que servidores públicos desonestos estejam a enfraquecer as instituições do Estado, em seu proveito.

É pois necessário que estejam nas instituições do Estado os melhores, e se afastem todos os que, aproveitando-se de cargos públicos, não resolvem os problemas dos cidadãos.

Convém citar, a propósito, as palavras da vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, proferidas no Huambo: “Temos todos de assumir uma nova postura. O caminho faz-se para a frente, corrigindo os erros do passado no presente e com um olhar num futuro melhor. O nosso povo já esperou demais e aspira à rápida solução dos seus problemas mais prementes.”