Samakuva admite vir a concorrer para autarca
Isaías Samakuva, que em Novembro deixa de ser presidente da UNITA, admitiu, ontem, em Luanda, poder vir a ser candidato às eleições autárquicas do próximo ano. “Estou a pensar nisso. E vou concorrer lá onde me conhecem bem”, declarou Isaías Samakuva, durante uma conferência de imprensa.
Isaías Samakuva, que em Novembro deixa de ser presidente da UNITA, admitiu ontem, em Luanda, poder vir a ser candidato nas eleições autárquicas do próximo ano.
“Estou a pensar nisso. E vou concorrer lá onde me conhecem bem”, declarou Isaías Samakuva, durante uma conferência de imprensa realizada na sede do partido, que contou com a maioria dos candidatos à liderança da UNITA.
Aos jornalistas, Isaías Samakuva deixou claro que, como estabelece os estatutos do partido, o cabeça de lista às eleições gerais de 2022 será o presidente do partido, a ser eleito no congresso ordinário que se realiza entre os dias 13 e 15 de Novembro.
O ainda presidente da UNITA informou, entretanto, que existe a possibilidade de os estatutos do partido, nomeadamente o ponto referente ao cabeça de lista, virem a ser alterados, durante o próximo congresso ordinário. Esta tese, sublinhou, não foi elaborada nem posta à discussão por ele. Mas deixou claro que, se o assunto for discutido no conclave de Novembro, haverá a possibilidade de o cabeça de lista da UNITA não vir a ser, necessariamente, o presidente do partido. Num eventual cenário de alteração dos estatutos, Samakuva não descartou a hipótese de vir a concorrer como Presidente da República nas eleições gerais de 2022. “Uma das coisas que aprendemos na vida é que nunca devemos dizer que desta água nunca beberei”, afirmou.
O líder da UNITA reafirmou que não vai voltar a concorrer à liderança do partido, mas deixou claro que em nenhum momento disse que iria deixar a vida política, sublinhando que “quem está na política não se reforma”.
Samakuva admitiu, com efeito, a possibilidade de regressar ao Parlamento, onde suspendeu o seu assento, devido ao trabalho como presidente da UNITA. O político justificou o regresso à Assembleia Nacional por considerála “a plataforma adequada para fazer política”.