189 mulheres grávidas infectadas com o VIH
Cento e oitenta e nove mulheres grávidas, de universo de 22 mil, que realizaram testes de VIH/Sida na província de Cabinda, em 2018, em consulta pré-natal, deram positivo e aderiram ao tratamento anti-retroviral, informou a coordenadora do projecto “Nascer livre para brilhar” daquela região.
Maria Mussango Nhunga, que falava na cerimónia de lançamento do projecto, disse que os resultados só foram possíveis de se alcançar devido a oferta de serviços de consulta pré-natal, integrados actualmente em 28 unidades sanitárias disponíveis na província.
Reconheceu que, apesar disso, os resultados em causa não são animadoras, daí ter manifestado a disponibilidade em tudo fazer, enquanto estiver a frente da coordenação do projecto, no sentido se inverter o actual quadro, promovendo campanhas de sensibilização sobre a epidemia do VIH/Sida.
“É necessário que as mulheres grávidas realizem as consultas pré-natais para o devido seguimento e o respectivo corte vertical, visando a protecção de crianças de mães seropositivas”, disse a coordenadora do projecto “Nascer livre para brilhar”.
Baseando-se na estatísticas da ONUSIDA, a coordenadora do projecto “Nascer livre para brilhar” referiu que, em 2017, a taxa de transmissão do VIH/Sida das mulheres positivas para os seus bebés foi de 26 por cento, o que se estima terem nascido cinco 5.500 crianças infectadas ao ano no país.
Relativamente ao tratamento pediátrico, explicou que 14 por cento das crianças dos zero aos 14 anos, que vivem com o VIH, estão em tratamento anti-retroviral, o que se considera muito baixo quando a meta é tratar 90 por cento dos infectados. De acordo com Maria Mussango Nhunga, a falta de informação, a desigualdade de género, factores culturas, o estigma, dificuldades no acesso às unidades sanitárias para diagnóstico e tratamento do VIH são, entre outras, as principais causas que estão na base de baixos resultados.
A secretária provincial da Saúde Carlota Tati, que apresentou o plano operacional do projecto “Nascer livre para brilhar”, disse que se pretende, durante a campanha em causa, alcançar cifra zero crianças positivas.
“Não queremos crianças a nascer com sida” sublinhou, exortando, por outro lado, a sociedade sobre a necessidade de se envolverem activamente nas campanhas de sensibilização às mulheres grávidas a fazerem as consultas prénatais e testes de HIV/Sida”, disse a responsável.