Mortes elevam-se para cinco
O número de vítimas mortais da explosão de uma caldeira, de fabrico artesanal, a 21 de Setembro, na fábrica Zambiami, em Cabinda, subiu para cinco na madrugada desta segunda-feira, sendo a última vítima o angolano Alberto Tembo, que se encontrava internado na Unidade de Cuidados Intensivos (UTI) da Clínica Girassol, em Luanda.
Quatro (dois angolanos e dois chineses), dos 14 trabalhadores atingidos pelo produto que se encontrava na caldeira à hora dos ensaios, morreram, dia 26 de Setembro, não resistindo à gravidade das queimaduras.
Até ontem, três pacientes, sendo dois em estado crítico (angolanos) e um estado grave (chinês) continuam internados nos Cuidados Intensivos (UTI).
Na Clínica Girassol estão internados seis pacientes, sendo três na UTI (dois angolanos e um chinês) e três na enfermaria (internamento)– todos de nacionalidade chinesa. Caldeira de fabrico artesanal que causou vítimas mortais
Os demais estão internados no Hospital dos Queimados e na Clínica Multiperfil. Os pacientes apresentaram-se com queimaduras graves de II e III graus.
Os trabalhadores foram transladados para Luanda depois de terem sido atingidos pelo produto derramado em alta temperatura de uma caldeira artesanal de processamento de alcatrão e betão betuminosa que explodiu na hora dos ensaios.
A explosão ocorreu por volta das 16 horas do dia 21 de Setembro quando se procedia ao teste da referida caldeira de fabrico artesanal, que tinha cerca de mil metros cúbicos de alcatrão no momento do processamento.
A falta de controlo dos procedimentos de segurança provocou a explosão, tendo o produto, a altas temperaturas, atingido os 14 trabalhadores que assistiam aos testes.
A empresa Zambiami trabalha em Cabinda no ramo da construção civil, há mais de oito anos, e conta com mais de 200 trabalhadores angolanos e 100 chineses, entre engenheiros civis, arquitectos e outros técnicos do ramo.