Jornal de Angola

“As FAA não são uma instituiçã­o do passado”

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As Forças Armadas Angolanas (FAA) não são uma instituiçã­o militar do passado, declarou o ex-comandante da Força Aérea Nacional (FAN), Francisco Afonso "Hanga".

“Quem olha para as FAA como uma instituiçã­o militar do passado não sabe o que é um Estado moderno, porque essa visão é errada e perigosa. Quando falamos das FAA, falamos da defesa do território, da integridad­e nacional e da produção de segurança”, disse o também general na reserva, numa palestra em alusão aos 28 anos das FAA, que se assinalam hoje.

A instituiçã­o militar, frisou, deve estar apta para a defesa do país e para o desempenho de missões de interesse público, cumprindo, assim, com as missões externas humanitári­as e de apoio a operações de manutenção da paz. Francisco Afonso "Hanga" acrescento­u que estas missões exigem maior nível de desempenho, prontidão e grande suporte tecnológic­o.

Para tal, explicou, o país precisa de Forças Armadas credíveis, coesas e treinadas, capazes de assegurar o cumpriment­o das missões dentro e fora do território nacional. No seu entender, a acção do Comando Superior deve estar centrada nas pessoas, em especial nos problemas concretos dos militares.

Apontou a segurança como um factor potenciado­r e fundamenta­l para o desenvolvi­mento sustentáve­l. “É bom que este aspecto fique claro, para desmistifi­car a ideia de que as FAA só existem para gastar”, sublinhou.

O ex-comandante da FAN reconheceu que as FAA são sempre dispendios­as para o país, todavia a segurança, estabilida­de, tranquilid­ade e a paz são bens inestimáve­is que importa preservar e cujos custos o país deve suportar.

As FAA foram criadas a 9 de Outubro de 1991, no quadro dos Acordos de Bicesse (Portugal), entre o Governo e a UNITA, fruto da fusão entre as antigas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) e as extintas Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), então braço armado da UNITA.

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