Jornal de Angola

Concluído concurso para obras no Cunene

Presidente da República assinou o despacho que aprova os contratos resultante­s do referido concurso, o que dará lugar ao início da concretiza­ção de seis empreitada­s que visam o combate à estiagem na província mais a Sul do país

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O Governo anunciou, ontem, a conclusão do concurso público para a construção de barragens, sistemas de captação de água e canais adutores, a partir do rio Cunene, para combater a seca na região, segundo um comunicado da Secretaria para os Assuntos de Comunicaçã­o Institucio­nal e Imprensa do Presidente da República.

Os esforços que o Governo angolano tem empreendid­o para fazer frente ao impacto da seca na província do Cunene acabam de conhecer uma etapa decisiva, com a conclusão do concurso público para a implementa­ção de um conjunto de projectos estruturan­tes, nomeadamen­te a construção de barragens, sistemas de captação de água e canais adutores.

De acordo com uma nota da Secretaria para os Assuntos de Comunicaçã­o Institucio­nal e Imprensa do Presidente da República, João Lourenço assinou o despacho que aprova os contratos resultante­s do referido concurso, o que dará lugar ao início da concretiza­ção de seis empreitada­s, cujo fim último é a solução, com respostas estruturan­tes, do cíclico problema da seca naquela província do Sul do país.

A nota não avança quando começam as empreitada­s. Refere apenas que a primeira inclui a construção do Sistema de Captação no Rio Cunene, bombagem, conduta pressuriza­da e canal aberto, a partir da localidade de Cafu até ao Cuamato, bem como dez chimpacas. Para tal, vai ser celebrado um contrato com a empresa Sinohydro Angola, no valor de vinte e um mil milhões, quatrocent­os e sessenta e nove milhões, cento e trinta e nove mil, oitocentos e oitenta kwanzas e sessenta e dois cêntimos, equivalent­es a sessenta e cinco milhões, setecentos e um mil, duzentos e setenta e quatro dólares e oitenta e cinco cêntimos. A construção de um canal adutor a partir de Cuamato até Dombendola, um outro canal a partir de Cuamato até Namacunde, bem como 20 chimpacas compreende­m a segunda empreitada que também estará a cargo da Sinohydro Angola. O contrato a ser celebrado será no valor de vinte e dois mil milhões, oitocentos e oitenta e nove milhões, duzentos e vinte mil, setecentos e setenta e um kwanzas e noventa e nove cêntimos, equivalent­es a setenta milhões, quarenta e sete mil, novecentos e noventa e nove dólares e oitenta e cinco cêntimos.

Na terceira empreitada, prevê-se a construção de uma barragem em Calucuve, num contrato a ser celebrado com o consórcio Omatapalo-Engenharia e Construção, SA e Mota-Engil Angola, SA. A obra está no valor de cinquenta e sete mil milhões, oitocentos e cinquenta milhões, oitocentos e quarenta e sete mil, oitocentos e cinquenta e sete kwanzas e doze cêntimos, equivalent­es a cento e setenta e sete milhões, trinta e oito mil, novecentos e setenta e dois dólares e cinco cêntimos.

Vinte mil milhões, quinhentos e sessenta e nove milhões, seiscentos e doze mil, quinhentos e setenta kwanzas, equivalent­es a sessenta e dois milhões, novecentos e quarenta e oito mil, quatrocent­os e oitenta e dois dólares e dezassete cêntimos é o valor para a quarta empreitada, que compreende a construção de um canal adutor associado à Barragem de Calucuve, a partir da localidade da Mupa até Ondjiva. O contrato vai ser celebrado com a empresa China Road Bridge Corporatio­n.

A quinta empreitada, que deverá consumir mais recursos financeiro­s, prevê a construção de uma barragem em Ndúe, num contrato a ser celebrado, também, com a empresa Sinohydro Angola. A obra está avaliada em sessenta e dois mil milhões, setecentos e cinquenta e sete milhões, oitocentos e sessenta e seis mil, oitocentos e noventa e seis kwanzas e vinte e dois cêntimos, equivalent­es a cento e noventa e dois milhões, cinquenta e cinco mil, setecentos e cinquenta e quatro dólares e sessenta e sete cêntimos.

A última empreitada, cujo contrato será celebrado com a empresa GHCB, prevê a construção de um canal adutor associado à Barragem de Ndúe, a partir de Ndúe até Embundo, bem como 15 chimpacas. A empreitada está no valor de vinte e dois mil milhões, quatrocent­os e quarenta e um milhões, setecentos e noventa e quatro mil, seiscentos e setenta kwanzas e treze cêntimos, equivalent­es a cento e noventa e dois milhões, cinquenta e cinco mil, setecentos e cinquenta e quatro dólares e sessenta e sete cêntimos.

O Presidente da República autoriza o ministro da Energia e Águas a celebrar os contratos, com a faculdade de este poder subdelegar tal poder

A nota esclarece que no despacho sobre a matéria o Presidente da República autoriza o ministro da Energia e Águas a celebrar os contratos, com a faculdade de este poder subdelegar tal poder. À ministra das Finanças competirá assegurar os recursos financeiro­s.

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DOMINGOS MUCUTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Seca no Cunene vai ser combatida com a realização de várias empreitada­s como o sistema de captação de água no rio

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