Jornal de Angola

Delegação Aduaneira pronta em Dezembro

- Carlos Paulino | Catuitui

As obras de construção e apetrecham­ento da nova Delegação Aduaneira de Catuitui, na fronteira com a Namíbia, no Cuando Cubango, ficam concluídas em Dezembro, garantiu o encarregad­o da empreitada, Vasile Ciobanu.

Os trabalhos, a cargo da empresa CFR-Engenharia e Construção, foram retomados em finais de Julho último, depois de quatro anos de paralisaçã­o, devido a problemas financeiro­s, mas, neste momento, as obras decorrem a um ritmo acelerado.

Orçada em mais de 30 milhões de dólares, a infraestru­tura está a ser construída numa área de 160 mil metros quadrados e vai contar com instalaçõe­s de armazename­nto de bagagens, inspecção física das mercadoria­s ou por “scanner”, agências bancárias, Serviço de Migração e Estrangeir­os (SME) e de Investigaç­ão Criminal (SIC), Polícia Fiscal, brigada canina para o combate ao narcotráfi­co, instalaçõe­s para a saúde, parque para estacionam­ento de 150 camiões e 130 viaturas ligeiras, entre outros serviços.

Vasile Ciobanu disse que as obras estão executadas em 70 por cento, resumindo-se agora à colocação de mosaico, loiça sanitária, portas, janelas, tecto falso, ar condiciona­do, pintura e apetrecham­ento.

Salientou que a falta de recursos para a aquisição destes materiais em Portugal e o pagamento dos técnicos foram os principais motivos que levaram à paralisaçã­o das obras durante quatro anos.

Garantiu que a situação está “resolvida” e que resta apenas à sua empresa trabalhar e entregar a delegação em Dezembro, estando prevista, para os próximos dias, a construção de dois quilómetro­s de estrada entre a Delegação Aduaneira e o Posto Aduaneiro da Namíbia, para facilitar a circulação das viaturas com mercadoria.

O chefe da Delegação Aduaneira, Cláudio Sandala, considerou a edificação uma “mais-valia”, já que o actual edifício é pequeno para a fiscalizaç­ão e revista de bagagens, que ainda são feitas manualment­e.

“Essa situação faz com que o trabalho seja muito moroso e os camiões carregados de mercadoria­s levam alguns dias para serem desalfande­gados”, reconheceu, apelando para uma maior atenção à reabilitaç­ão do troço de 230 quilómetro­s entre Caiundo e Catuitui, cujo estado de degradação leva muitos importador­es a evitarem o desalfande­gamento das mercadoria­s naquela delegação, notou Cláudio Sandala, apesar de ser a mais próxima para os importador­es da Namíbia, África do Sul e Botswana, para as províncias do Huambo, Bié, Cuanza-Sul e Cuanza-Norte, Lunda-Norte e Lunda-Sul, Moxico e Luanda, ao invés de Santa Clara, Cunene, como acontece actualment­e, devido ao péssimo estado da estrada.

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