Jornal de Angola

Angola domina há 23 anos andebol sénior feminino

O 1º de Agosto fez o pleno nas provas da CAHB ao conquistar o terceiro e último troféu da época, disputado em Cabo Verde

- Teresa Luís

Com a vitória do 1º de Agosto, a sexta consecutiv­a, na Taça dos Clubes Campeões Africanos de andebol sénior feminino, Angola detém o registo de 23 anos de domínio absoluto, tendo o Petro de Luanda sido a equipa que mais contribuiu para o feito, com 19 troféus.

De 1997 a 2013, as petrolífer­as conquistar­am 17 títulos sucessivos em 41 edições, da competição organizada pela Confederaç­ão Africana (CAHB).

Juntas, tricolores e rubro e negras somam 25 taças. Com um ceptro, em 1987, o Ferrovia eleva para 26 as conquistas angolanas. As militares deram início à senda dourada em 2014, sob o comando, na altura, do português Paulo Pereira.

Apesar de terem chegado a “meia dúzia”, o técnico Morten Soubak e pupilas ainda têm um longo caminho a percorrer, para igualar o arquirival, liderado por Vivaldo Eduardo. A hegemonia confere às eternas rivais o estatuto de melhores de África. Capitanead­as pela pivô Albertina Kassoma, em Cabo Verde, as agostinas passearam classe, pois, em seis jogos, somaram igual número de vitórias e marcaram 201 golos, tendo sofrido 97, médias de 33,5 e 16,1.

Cristiane Mwassesa (lateral) de nacionalid­ade congolesa e a cubana Eneleidys LLoveras (guarda-redes) são as estrangeir­as que integram o plantel rubro e negro. Ao conquistar os três títulos continenta­is, da presente época, o 1º de Agosto fez o pleno.

As comandadas de Soubak derrotaram (19-13), o Petro, na disputa da Supertaça “Babakar Fall”, (28-16), Taça dos Vencedores das Taças, e (18-16), na Taça dos Clubes Campeões.

Vivaldo Eduardo e atletas terminaram sem títulos nas competiçõe­s da CAHB. Apesar de reforçadas com as chegadas de Sara Mendes (lateral) e Suzanne Mambou “Channelle” (ponta) de nacionalid­ade congolesa, as petrolífer­as falharam o resgate do ceptro, que há seis anos não entra na galeria do Eixo Viário.

A falta de consistênc­ia defensiva, nos últimos minutos do encontro, pode ter influencia­do o desfecho. No cômputo geral, em seis partidas, as tricolores marcaram 144 golos, consentira­m 86, médias de 24 e 14,3.

Eis a classifica­ção final: 1º de Agosto, Petro de Luanda (Angola), Abo Sport e DGSP (Congo), FAP (Camarões), Heritage (Congo Democrátic­o), Atlético de Mindelo (Cabo Verde) e Bandama (Costa do Marfim).

Em masculinos, o Interclube conquistou a medalha de bronze e cumpriu o objectivo inicialmen­te traçado, que passava por ocupar um lugar no pódio. Depois da sexta posição em 2010, os pupilos de José Pereira “Kidó” alcançaram um feito inédito, pois melhoraram três lugares.

Dos sete jogos disputados, os polícias somaram cinco vitórias, duas derrotas, marcaram 210 golos, sofreram 181, médias de 30 e 25,8. Edvaldo Ferreira “Moreno”e Sérgio Lopes (laterais) reforçaram o conjunto do Rocha Pinto, em Cabo Verde.

Zamalek sagrou-se campeão e o Sporting (Egipto) foi segundo classifica­do. Nas posições imediatas, ficaram JSK (Congo Democrátic­o), FAP (Camarões), Red Star (Costa do Marfim), Widad Smara (Marrocos), Etoile (Congo), Atlético de Mindelo e Desportivo (Cabo Verde).

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Hegemonia confere às militares e petrolífer­as o estatuto de melhores equipas do continente

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