220 autocarros públicos para Luanda
Apresentado preparação das condições de entrega dos autocarros e o projecto de modelo de metro ligeiro de superfície para facilitar a mobilidade dos cidadãos
A cidade de Luanda vai contar, nos próximos dias, com mais 220 autocarros, a serem entregues pelo Ministério dos Transportes, para melhorar os serviços prestados à população. A garantia foi avançada ontem, pelo director-geral do Instituto Nacional de Transportes Rodoviários, Jorge Bengui, que falava à imprensa, à margem da reunião de preparação das condições de entrega dos autocarros, no âmbito do processo da restruturação dos transportes regulares de passageiros.
O responsável sublinhou que a preocupação é que os autocarros não sejam distribuídos de forma aleatória, mas com base nas reais necessidades de mobilidade da população, para cada uma das carreiras e linhas traçadas, a fim de serem desafogadas as longas filas e esperas demoradas nas paragens.
Jorge Bengui referiu que foram aprovados, no dia 10 deste mês, dois diplomas fundamentais, sendo um sobre o Regulamento sobre Transportes Regulares de Passageiros e outro sobre as Bases Gerais das Concessões dos Transportes Urbanos de Passageiros.
O director-geral do Instituto Nacional de Transportes Rodoviários disse que ambos diplomas conferem competências aos governos provinciais do ponto de vista dos transportes urbanos de passageiros e trazem novas regras sobre a facilitação do exercício da actividade de transportes e a promoção do acesso à mesma por parte de investidores privados.
“Procuramos, neste encontro, abordar a questão do reforço dos transportes a nível das províncias, uma vez que o Ministério dos Transportes adquiriu, recentemente, 400 autocarros, e estamos a entregar aos governos provinciais”, disse Jorge Bengui.
O objectivo, acrescentou, é que, em todas as cidades do país, haja, efectivamente, transportes regulares, onde os utentes possam saber que, numa determinada paragem, tem a confiançaeacertezaqueoautocarro passa com frequência.
Na reunião foi abordada, também, a oportunidade do surgimento de novas operadoras de transportes públicos, mediante concurso, a ser realizado pelo Governo de Provincial de Luanda (GPL).
“Luanda possui, neste momento, cinco operadoras contratadas, entre as quais duas, TURA e SGO, estão paralisadas”, disse Jorge Bengui, que, depois, sublinhou a necessidade de serem revistos os contratos de concessão das empresas que já operam há 15 anos.
O director-geral do Instituto Nacional de Transportes Rodoviários garantiu que já está preparado o gráfico do contrato de concessão e exploração com as empresas de transporte urbano, assim como a apresentação de cartas de interesses de quatro novas operadoras privadas que irão juntar-se as empresas de transportes urbanos da TCUL, MACON, Angoaustral e a TURA.
Conversão
Amadeu Campos, director do Gabinete Provincial de Transportes Tráfego e Mobilidade, Urbana de Luanda, disse que os 220 autocarros para a capital, anteriormente só previstos para os transportes escolares, converteram-se para o transporte urbano.
Disse que o Governo da Província de Luanda já preparou um estudo onde estão definidas 109 rotas com os respectivos itinerários, de modo a aumentar a mobilidade das pessoas e alcançar as centralidades onde não existem linhas de autocarros.
“Os 220 autocarros vão reforçar a actual frota operacional de 202, do total de todas as empresas de transporte rodoviário urbano de passageiros”, revelou.
Metro
O acto serviu, igualmente, para a apresentação do Projecto de Modelo do Metro Ligeiro de superfície para a capital do país. Para tal, frisou, uma equipa técnica do Governo Provincial está a trabalhar no estudo preliminar para as contribuições necessárias à implementação do projecto.
Foram aprovados dois diplomas fundamentais, sendo um sobre o Regulamento sobre Transportes Regulares de Passageiros e outro sobre as Bases Gerais das Concessões dos Transportes Urbanos de Passageiros
O Governo da Província de Luanda já preparou um estudo onde estão definidas 109 rotas com os respectivos itinerários, de modo a aumentar a mobilidade das pessoas e alcançar as centralidades
O estudo, disse ainda o director, prevê a estimativa dos custos da implementação, em cada um dos troços escolhidos e tempo de implementação para Luanda.