Campanha de vacinação arranca na sexta-feira
Uma campanha de vacinação contra a poliomielite tem início na sexta-feira e vai até domingo na capital do país, onde se prevê vacinar dois milhões de crianças dos zero aos cinco anos.
O facto foi anunciado ontem, em Luanda, durante uma conferência de imprensa, pela coordenadora provincial do Programa de Vacinação, Felismina Neto, que disse que, tendo em conta a extensão territorial da capital e sua densidade populacional, a campanha será feita com rigor e maior exigência.
Informou que a campanha será feita de porta-a-porta, porque nem todas as mães no momento da vacina se encontram em casa. Explicou que, além das brigadas móveis, as unidades de saúde continuaram a funcionar como postos fixos, quer as da rede pública, quer as privadas.
A responsável disse que a campanha será repartida em três fases, sendo a primeira prevista para sexta-feira considerada ronda zero, a chamada de emergência e, logo a seguir, haverá uma outra entre os dias 1 e 3 de Novembro, por último de 15 a 17 deste mesmo mês.
Lembrou que não se trata de uma campanha nacional, pois será apenas direccionada para Luanda, uma das províncias que também notificou um caso de poliomielite. Acrescentou que, depois da capital, a campanha estender-se-á às regiões de Malanje, Lundas Norte, Sul e Moxico.
“Desde 2011 que o país não notificounenhumcasodepoliomielite. Aproximadamente, há nove meses, em 2019, voltou a identificar ocorrência, tendo como maior incidência as províncias do leste”, precisou, para quem a situação foi despoletando, abrangindo mais regiões inclusive a capital do país com um caso no município do KilambaKiaxi,nazonadoRasta. De acordo com Felismina Neto, quando se tem um caso positivo de pólio, significa dizer que, aproximadamente, duzentas crianças estão contaminadas, mas não significa dizer que todas elas desenvolvem a doença. Nestes casos, explicou que a patologia só se expande naqueles que tenham o sistema imunitário comprometido.
Felismina Neto reconheceu que a campanha, que arranca na próxima sexta-feira, tem uma especificidade muito particular, por isso a designação de campanha de resposta ao surto. “Sabemos que, nos anos anteriores, ou seja, nas campanhas tradicionais, tratamolas de massiva nacional. Esta particularidade não se aplica para esse contexto.” A coordenadora recordou que as províncias notificadoras são as que realizam campanha de resposta ao surto de emergência.