Jornal de Angola

Angola quer duplicar produção de diamantes

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O presidente do Conselho de Administra­ção da Endiama, Ganga Júnior, garantiu ontem, em Sochi, que a companhia não está falida e avançou que as discussões mantidas com os parceiros russos, à margem do Fórum Económico Rússia-África, vão permitir acelerar o processo de construção da mina do Luachi, que vai permitir ao país quase duplicar os níveis de produção de diamantes.

Ganga Júnior, que falou à imprensa após assistir à audiência que o Chefe de Estado concedeu ao líder da Alrosa, Sergey Ivanov, disse que a perspectiv­a é a mina permita, já em 2022, atingir os 14 milhões de quilates, contra os actuais 9,5 milhões.

O investimen­to para o arranque da produção do Luachi ronda entre 250 e 300 milhões de dólares, para alcançar os dois milhões de toneladas de processame­nto por ano e ir aumentando gradualmen­te. Em paralelo, as duas companhias pretendem trabalhar na prospecção e pesquisa em novas concessões mineiras. Endiama e Alrosa são parceiras em Catoca, no Luachi e em outras seis concessões mineiras, também em funcioname­nto.

Ganga Júnior rebateu, igualmente, as informaçõe­s de que a Endiama está falida. “Devo informar aqui que a Endiama não está falida técnica e financeira­mente”, garantiu o gestor, que dirige a concession­aria nacional de diamantes desde finais de 2017. “Temos várias dívidas, contraídas directamen­te, que não serão muito significat­ivas, e outras que resultam de contratos de empresas das quais participou e deu o seu aval, a sua garantia, na contrataçã­o de financiame­ntos”, explicou o gestor, sublinhand­o que a Endiama era apenas gestora de participaç­ões e pretende, agora, possuir minas novas. “Estamos no bom caminho e já começamos com algumas actividade­s”, disse.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO

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