Empresas falidas
Fiquei a saber que um número considerável de empresas do país não está a realizar actividade produtiva. A elevada taxa de desemprego no país tem a ver com a falência de muitas empresas.
Tenho ainda informações de que muitas empresas, não estando ainda falidas, não conseguem entretanto suportar custos com o pessoal, estando a despedir trabalhadores ou a reduzir os salários destes.
Tenho conhecimento do caso de um trabalhador que ganhava quarenta mil kwanzas e viu o seu salário reduzido para vinte mil.
Esse trabalhador tem esposa e filhos e tem despesas com a alimentação e renda de casa. Já imaginaram que o será da sua família? Que alguém faça as contas. Penso que é urgente que se faça alguma coisa para pôr muitas empresas a funcionar, com vista a gerarem empregos.
As empresas são agentes económicos que podem ajudar grandemente na redução da taxa de desemprego. As decisões que são tomadas para ajudar o empresariado privado nacional devem sair do papel para acções concretas.
Que os mecanismos de apoio aos empresários sejam céleres. Não há mais tempo a perder. Que se coloquem as pessoas certas nos lugares certos no processo de apoio aos empresários nacionais, especialmente na vertente que tem a ver com o custo dos créditos à actividade produtiva. Que não se cometam mais os erros do passado, com dinheiros a cair em bolsos de pessoas que de empresários nada tinham. ADÉLIA JOÃO Marçal