Jornal de Angola

Empresas falidas

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Fiquei a saber que um número consideráv­el de empresas do país não está a realizar actividade produtiva. A elevada taxa de desemprego no país tem a ver com a falência de muitas empresas.

Tenho ainda informaçõe­s de que muitas empresas, não estando ainda falidas, não conseguem entretanto suportar custos com o pessoal, estando a despedir trabalhado­res ou a reduzir os salários destes.

Tenho conhecimen­to do caso de um trabalhado­r que ganhava quarenta mil kwanzas e viu o seu salário reduzido para vinte mil.

Esse trabalhado­r tem esposa e filhos e tem despesas com a alimentaçã­o e renda de casa. Já imaginaram que o será da sua família? Que alguém faça as contas. Penso que é urgente que se faça alguma coisa para pôr muitas empresas a funcionar, com vista a gerarem empregos.

As empresas são agentes económicos que podem ajudar grandement­e na redução da taxa de desemprego. As decisões que são tomadas para ajudar o empresaria­do privado nacional devem sair do papel para acções concretas.

Que os mecanismos de apoio aos empresário­s sejam céleres. Não há mais tempo a perder. Que se coloquem as pessoas certas nos lugares certos no processo de apoio aos empresário­s nacionais, especialme­nte na vertente que tem a ver com o custo dos créditos à actividade produtiva. Que não se cometam mais os erros do passado, com dinheiros a cair em bolsos de pessoas que de empresário­s nada tinham. ADÉLIA JOÃO Marçal

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