Governo tem identificados 15 mil produtores nacionais
Secretário de Estado da Economia informou que está em curso um trabalho de organização e legalização das estruturas das cooperativas envolvidas no processo
O secretário de Estado para a Economia, Sérgio dos Santos, assegurou, ontem, na cidade do Huambo, que quinze mil produtores estão identificados em todo o país, fazendo parte da cadeia para o fomento dos 54 produtos definidos no Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI). Sérgio dos Santos, que falava à margem do encerramento da VII edição do Fórum dos Municípios e Cidades de Angola, disse que é função do PRODESI apoiar os produtores a activar o comércio rural, mas para isso, preveniu, é necessário saber quem são, onde estão e o que estão a produzir, para, dessa forma, terem acesso ao crédito.
Cerca de 15 mil produtores estão identificados em todo o país e fazem parte da cadeia produtiva para o fomento dos 54 produtos definidos no PRODESI(Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações", informou ontem, na cidade do Huambo, o secretário de Estado da Economia, Sérgio Santos.
Segundo Sérgio Santos, que falava à margem do encerramento da VII edição do Fórum dos Municípios e Cidades de Angola, que decorreu até ontem, no Huambo, está actualmente em curso um trabalho de organização e legalização das estruturas das cooperativas envolvidas no processo.
O processo de legalização e estrutura das cooperativas, disse, visa ajudar os produtores nacionais a terem acesso ao crédito junto à banca e beneficiar de prioridade nas compras públicas, como para as Forças Armadas, Polícia Nacional e outros órgãos do Estado, e as de comércio na distribuição, que atendem as grandes superfícies do país.
A prioridade do PRODESI, esclareceu, é de apoiar os produtores a activar o comércio rural, mas para isso, adiantou, é necessário “têlos registado, saber quem são, onde estão e o que estão a produzir”. Dessa forma, adiantou, podem ter acesso ao crédito, para que, depois de vender, possam aumentar ainda mais a actividade.
“Fazendo isso, nós acreditamos que o PRODESI vai trazer, num espaço de tempo muito curto, resultados nos 54 produtos que estamos a priorizar”, salientou o secretário de Estado, acrescentando que, neste momento, estão também registados 83 produtores de arroz, que poderão ser muito mais, porque os dados mudam a cada dia.
"Estamos a trabalhar com as administrações municipais para que se faça o cadastramento desses produtores", adiantou.
São produtores que têm o arroz em casca, precisam de embalar e de fazer a sua distribuição, com incidência primeiro nos municípios, mas depois, aumentar a produção, distribuindo-a pelo país.
O secretário de Estado afirmou que, para atender as acções, no âmbito do PRODESI, 141 mil milhões de kwanzas estão disponíveis em oito bancos para créditos. "Estamos a fazer um trabalho para que os produtores nacionais possam corresponder às exigências dos bancos”, salientou.
O secretário de Estado informou que os bancos comerciais apoiam com recursos próprios e o BDA (Banco de Desenvolvimento de Angola) apoia com os recursos do Estado, do Fundo Nacional de Desenvolvimento, onde existem 25 mil milhões de kwanzas para apoiar a redução do juro.