Multilateralismo sempre
Angola tem recursos abundantes debaixo da terra e potencial óbvio para desenvolver outros sectores para além do petróleo e diamantes. Há que criar novos caminhos afastados do extractivismo puro que serve de base à economia do país.
A agricultura é certamente um dos sectores com mais potencial. Ea China precisa de alimentar uma população de 1,3 mil milhões de habitantes (Angola não chega aos 30 milhões).
“Já temos algumas empresas a explorar os recursos da terra e a contribuir na produção de alimentos, como medida até de promover a segurança alimentar no país”, disse Li Chong, que referiu também o interesse na instalação de empresas nos “muitos parques industriais” do país (e que praticamente não registam actividade económica considerável). “Também ao nível da cooperação tecnológica pensamos que as empresas podem representar um grande papel.Osgovernospodemajudar a alavancar este processo. Angola tem pouca população, bastantes terras férteis, recursos por explorar e por isso consideramos que há muito potencial”, disse o diplomata chinês.
A diplomacia chinesa associa as críticas à falta de cuidado com o meio ambiente e aos financiamentos excessivos a países em desenvolvimento a problemas de crescimento. Mas sem desvalorizar as questões tácticas.
“Se abrandarmos o nosso crescimento económico, podemos parar de evoluir e se deixamos de nos relacionar por causa das dívidas abrimos espaço para outros parceiros”, avisou Li Chong, que considera “promissora” a cooperação com outros países em desenvolvimento em África e não só.
O diplomata garante que a China está firme na defesa do multilateralismo (que está sob ataque dos EUA de Donald Trump) edocomérciolivreentreafricanos. “Vamos defender sempre esta perspectiva”, prometeu Li Chong.