Ataque do EI causa dezenas de mortos
O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou, sábado à noite, o ataque de sexta-feira, a uma base militar no Norte do Mali, que provocou a morte a 53 soldados e um civil.
“Os soldados do califado atacaram uma base militar, onde estão estacionados militares do Exército maliano, na cidade de Indelimane, na região de Ménaka”, salientou o EI num comunicado intitulado “Província da África Ocidental”, a que a AFP teve acesso e que dá conta de “confrontos com diferentes tipos de armas”.
O comunicado foi publicado uma semana depois da morte do chefe do EI, Abu Bakr al-Bahdadi, durante um ataque militar norte-americano na Síria. O ataque de sexta-feira traz dúvidas quanto à capacidade de acção do Exército do Mali naquela região onde estão as fronteiras de vários países, nomeadamente a Nigéria e o BurkinaFaso, países também alvo de ataques de extremistas.De acordo com o ministro da Comunicação maliano, Yaya Sangare, o ataque à posição das Forças Armadas em Indelimane matou 54 pessoas, sendo 53 soldados e um civil, além de ter provocado “danos materiais significativos”.
O Mali é afectado por ataques "terroristas" desde 2012, na sequência do golpe de Estado que deixou o controlo do Norte do país nas mãos de grupos rebeldes tuaregues, apoiados por células de fundamentalistas. Pelo menos 40 soldados foram mortos em dois ataques, em 30 de Setembro, em Boulkessy, e 1 de Outubro, em Mondoro, no Sul, perto de Burkina Faso, de acordo com as autoridades locais.
Em 2013, a acção dos ‘fundamentlistas foi limitada por uma intervenção militar internacional liderada pela França, mas grandes territórios do Mali, especialmente no Norte e Centro, escapam ao controlo do Estado, beneficiando os grupos extremistas.