Jornal de Angola

Irão reafirma rejeição ao diálogo com os EUA

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O guia supremo iraniano reafirmou, ontem, que se opõe a qualquer diálogo com Washington, num discurso por ocasião do 40º aniversári­o da tomada de reféns na Embaixada dos Estados Unidos em Teerão. “A oposição constante a negociaçõe­s com os Estados Unidos é um dos instrument­os importante­s que o Irão dispõe para os impedir de porem os pés no nosso querido país”, declarou o “ayatollah” Ali Khamenei no discurso, segundo extractos escolhidos em persa, publicados na conta oficial no Twitter. “Este movimento orientado pela lógica, proíbe a América de se infiltrar novamente no Irão e é uma prova do poder e da potencia reais do Irão, e mostra que o poder (dos Estados Unidos) é apenas fictício”, acrescento­u o número um do Irão. “Aqueles que vêem nas negociaçõe­s com os Estados Unidos a solução para todos os problemas estão certamente errados, discutir com os americanos não levará a nada em troca”, disse Khamenei. “Se os políticos iranianos fossem ingénuos o suficiente para se sentarem e negociar (com Washington), a pressão das sanções (dos Estados Unidos contra a República Islâmica) não teria sido reduzida, mas teria simplesmen­te aberto um novo caminho (para América) expressar novas expectativ­as” em relação ao Irão, disse o guia. Segundo o “ayatollah”, “os americanos falsificam a história e afirmam que as disputas entre o Irão e os Estados Unidos decorrem da tomada de reféns da Embaixada” dos Estados Unidos em Teerão em 4 de Novembro de 1979. “Não!” Isso remonta ao golpe de 1953, quando os Estados Unidos derrubaram o Governo (do Primeiro-Ministro Mohammad Mossadegh) e estabelece­ram um Governo corrupto”, acrescenta Khamenei na conta do Twitter.

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