Reclusos querem aprender profissões
Uma acção formativa nas componentes de superação profissional e académica, está a ser desenvolvida no Estabelecimento Prisional do Cuito, com vista a habilitar os participantes com conhecimentos fundamentais, para o êxito no processo de reabilitação, humanização e reintegração social dos reclusos.
No âmbito das jornadas alusivas ao 45º aniversário da Independência Nacional, os reclusos daquele Estabelecimento Prisional defendem que aquela população, na maior parte jovem, deve ser capacitada para prestar melhor contributo à sociedade.
Sob o lema “Unidos pelo Desenvolvimento de Angola”, os reclusos estão a ser submetidos a uma acção de formação nas áreas de serralharia, carpintaria, mecânica, canalização, electricidade e outras valências leccionadas no Estabelecimento Prisional do Cuito.
Florentino Jess, que cumpre pena de prisão, mostrou-se satisfeito com a acção formativa que está a ser desenvolvida no Estabelecimento Prisional do Cuito, afirmando ter exemplos de antigos colegas de cela, que, hoje em liberdade, contribuem de forma positiva para uma sociedade melhor, com a realização de actividades onde se consegue alguma rentabilidade financeira.
Para ele, o processo de formação ali implementado, “tem sido a porta de oportunidades para que os reclusos consigam tocar para frente a vida em liberdade”.
Morais Chissingui, outro recluso, confirma ter adquirido novas valências na cadeia do Cuito, estando formado na área de canalização. Segundo ele, aguarda apenas pela soltura para definir o melhor caminho a seguir na sociedade.
O director provincial do Serviço Penitenciário do Bié, subcomissário Pascoal Borges, disse que a instituição vai continuar a prestar solidariedade em prol da população penal, correspondendo com os eixos de desenvolvimento que se pretende.