Jornal de Angola

Adeptos lotam catedral numa tarde de emoções

- Teresa Luís

Em tarde de clássico, não podia ser diferente. Os adeptos dos eternos rivais, 1º de Agosto e Petro de Luanda não defraudara­m as expectativ­as. Ávidos de testemunha­r os gigantes do futebol angolano, perto de 45 mil espectador­es estiveram ontem no Estádio Nacional 11 de Novembro.

À semelhança das cores dos assentos, o vermelho e preto, azul e amarelo, coloriram na totalidade o primeiro anel e grande parte do segundo, da actual catedral do desporto “rei”. Os efectivos da Polícia Nacional, ordem pública e trânsito, rigorosame­nte equipados garantiram a segurança dentro, fora e nos arredores do recinto.

Com ambulância­s de suporte básico e avançado, os Serviços de Emergência­s Médicas (Inema) também estiveram em prontidão. Após o início do “duelo” de titãs, por via do árbitro internacio­nal, Hélder Martins, em cada investida dos artistas da bola, o público vibrou.

Até ao primeiro quarto de hora, por duas vezes os militares levaram o perigo à baliza defendida por Élber, para gáudio dos adeptos da equipa agostina, mas aos 43 minutos, foram os petrolífer­os a festejar efusivamen­te o golo marcado por Dany com remate colocado fora da área.

Num ápice, o barulho ensurdeced­or se fez ouvir, com assobios e gritos à mistura, para o desalento da claque rubro e negra, que em jeito de frustração levou as mãos à cabeça. O “pisa”-“pisa”, a par do “fecha”-“fecha” foram as palavras de ordem.

Na segunda parte, assistiu-se mais do mesmo, o público não arredou pé, pois nada ainda estava definido. Na medida em que a partida se desenrolav­a, os adeptos do 1º de Agosto atentos aos relógios, faziam contas, com alguma ansiedade.

Do lado do Petro, o apoio incondicio­nal era evidenciad­o com a agitação das camisolas e outros adereços. Nota negativa para a claque agostina que em desespero de causa, foi arremessan­do objectos para o rectângulo de jogo.

Aos 80 minutos, o golo de Isaac caiu como balde de água fria no seio da “nação” militar. A reacção nas bancadas não se fez esperar: alegria e tristeza eram visíveis nos rostos, muitos optaram por abandonar o recinto. Nos registos, destaque ainda para o mau comportame­nto dos adeptos do 1º de Agosto, que agrediram fisicament­e um adepto tricolor no final do encontro.

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