O PIIM e os gestores públicos
O Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) pode vir a concretizar um dos grandes objectivos da governação, que é a redução considerável das assimetrias regionais, levando a todo o país melhor qualidade de vida para os cidadãos de todas as províncias.
O referido plano, estando centrado na melhoria das condições de vida das pessoas, vai requerer que a sua execução se faça de modo a que os cidadãos venham daqui a algum tempo a sentir que o que está a ser feito, no quadro do PIIM, está a repercutir-se efectiva e positivamente nas suas vidas.
Há a esperança de que as obras programadas e inscritas no PIIM venham a ter boa qualidade, para que sejam duráveis e sirvam por longos anos muitos cidadãos. No passado, as más práticas na execução de obras públicas fizeram com que o dono destas, o Estado, perdesse muito dinheiro, com quase nenhum retorno em termos de sustentabilidade dos empreendimentos que mandava fazer.
Pretende-se agora evitar erros do passado, mas para tanto é necessário que se mude muita coisa ao nível da fiscalização das obras , que vai ser decisiva no processo de execução do PIIM. Que sejam as instituições de fiscalização tecnicamente competentes a acompanhar as obras mandadas executar pelo Estado, a fim de que os dinheiros públicos que nelas estão a ser investidos resultem em desenvolvimento para todos os municípios do país.
Temos dito frequentemente que a vida começa no município. E ainda bem que o Executivo apostou na realização de obras nos municípios, as quais podem melhorar substancialmente as suas infra-estruturas e os seus serviços, particularmente os que são prestados pelos sectores da Saúde e da Educação.
Foi bom saber que os sectores da Saúde e da Educação são os que mais verbas têm no PIIM, o que é uma indicação de que os governantes pretendem que aquelas áreas essenciais para o desenvolvimento do país conheçam um novo rumo.
Mas não basta que haja muito dinheiro para obras. Importa que os dinheiros previstos pelo PIIM sejam bem aplicados por aqueles servidores públicos que os hão-de gerir. No passado, tivemos muito dinheiro para muitos empreendimentos, mas o que se viu foi uma má utilização dos recursos financeiros, com as consequências nefastas que são conhecidas.
Que os gestores públicos, a quem for dada a responsabilidade de gerir recursos financeiros inscritos no PIIM, sejam pessoas honestas, competentes e completamente dedicadas à defesa do interesse público.
Os cidadãos não querem mais servidores públicos que, em vez de se preocuparem com o bem comum, priorizam os seus negócios, passando o seu tempo a tratar dos seus interesses particulares, lesando o Estado e as comunidades.